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Palmas

Foto: Divulgação Sisemp

Foto: Divulgação Sisemp

Os servidores públicos municipais de Palmas decidiram, em Assembleia Geral realizada nessa terça-feira, 11, pela permanência do Estado de Greve, até que a Prefeitura apresente o índice de reajuste referente à data-base. A deliberação ocorreu após reunião entre representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palmas (Sisemp), outros entes sindicais e a Gestão Municipal, realizada na última sexta-feira, 7.

Durante o encontro, o presidente do Sisemp, Heguel Albuquerque, discutiu com os representantes da Prefeitura o pagamento da data-base em atraso. Na ocasião, a gestão informou a intenção de pagar a data-base 2025 em janeiro de 2026 e a de 2026 em duas vezes, uma parcela em maio e outra em setembro do mesmo ano, porém sem apresentar o índice de reajuste. Segundo a Prefeitura, o percentual deverá ser informado em reunião prevista para o dia 28 de novembro, com os líderes sindicais.

Diante da ausência de definição do índice, os servidores decidiram manter o Estado de Greve, que havia sido aprovado anteriormente, em Assembleia realizada no dia 13 de setembro. O movimento é uma forma de alerta e mobilização que antecede uma possível paralisação das atividades.

O presidente do Sisemp explica que o Estado de Greve é um instrumento legítimo de cobrança e diálogo com o poder público, que faz parte do devido rito para estágios mais austeros de cobrança da pauta.

“A gestão municipal finalmente iniciou um diálogo, o que é bem-vindo, mas ainda precisamos de informações concretas para pararmos com as mobilizações. Esperamos que as negociações avancem em breve”, afirmou Albuquerque.

O Sisemp lembra que a data-base não representa aumento salarial, mas sim a reposição inflacionária garantida por Lei. A Lei Municipal nº 2.105/2014 estabelece que a revisão anual deve ocorrer em janeiro de cada ano, tradicionalmente o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos 12 meses anteriores é considerado como base para o reajuste. Para 2025, o INPC acumulado é de 4,77%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Sindicato também destaca que servidores da educação e analistas em saúde estão há dois anos sem receber o reajuste, acumulando perdas ainda maiores.