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Polí­cia

Foto: Divulgação PRF/TO

Foto: Divulgação PRF/TO

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou na tarde dessa segunda-feira (21), no Tocantins, aproximadamente 400 aves silvestres da espécie Canário-da-terra (nome científico: Sicalis flaveola) que estavam sendo transportadas de forma irregular em um veículo de passeio por dois homens que seguiam de Altamira/PA com destino a São Paulo/SP.

Durante fiscalização em trecho da BR-153, os policiais abordaram o automóvel — que era alugado — e, ao verificarem o porta-malas, encontraram diversas gaiolas apertadas contendo os animais. As aves estavam confinadas sem qualquer ventilação, em condições extremamente precárias. Parte delas estava em gaiolas pequenas e abafadas; outras, dentro de bolsas de viagem totalmente fechadas ou parcialmente abertas, sem circulação de ar, o que caracteriza situação de maus-tratos. 

De acordo com a PRF/TO, ao questionar a origem das aves e se havia autorização do órgão ambiental para a locomoção dos animais, os ocupantes não deram qualquer explicação ou apresentaram qualquer documento.

Diante da gravidade da situação, os indivíduos do veículo foram encaminhados à Polícia Federal, com base na suspeita de crime ambiental e tráfico de fauna silvestre. A PRF também acionou os órgãos ambientais responsáveis para o recebimento e avaliação das aves resgatadas.

A PRF/TO analisa que, embora a captura tenha ocorrido no Tocantins, o destino das aves não era o estado, o que reforça que o território tocantinense pode ser utilizado como rota de passagem para o tráfico de animais silvestres, especialmente pela sua posição estratégica entre as regiões Norte e Sudeste. "A atuação da PRF no estado é fundamental para coibir esse tipo de crime e evitar que animais silvestres sejam comercializados de forma ilegal em outros centros urbanos do país", destaca. 

Crime Ambiental 

A PRF reforça que o tráfico de animais silvestres é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), com sérias consequências para a biodiversidade brasileira. A instituição mantém fiscalização constante para coibir essa prática e proteger a fauna nacional.

A comercialização ilegal de animais silvestres é uma das principais ameaças à conservação da fauna brasileira. Além de ser crime, essa prática alimenta redes criminosas e causa sofrimento extremo aos animais. Comprar, vender ou manter aves silvestres em cativeiro sem autorização legal contribui diretamente para esse ciclo de crueldade. Denuncie. Preserve. Respeite a natureza. (Com informações da PRF/TO)