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Foto: Vandy Ribeiro/FSB

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O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, reuniu-se nesta sexta-feira (3) com o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, e comitiva para tratar de novas oportunidades de cooperação entre os dois países. O encontro, realizado em Macapá, reforçou a longa relação de parceria Brasil–Japão em áreas estratégicas, como prevenção de desastres, desenvolvimento sustentável e inovação tecnológica, e destacou potenciais específicos para o estado do Amapá.

Durante a reunião, o ministro ressaltou a importância de ampliar as parcerias voltadas à agricultura familiar e à bioeconomia, setores considerados estratégicos para o futuro do desenvolvimento regional na Amazônia. “O Amapá tem uma vocação natural para a produção sustentável. É possível ampliar o uso de tecnologias japonesas para agregar valor ao açaí, à castanha, ao pescado e a outras cadeias da bioeconomia. Isso gera renda, fortalece a agricultura familiar e contribui para a preservação ambiental”, afirmou Waldez Góes.

O embaixador Teiji Hayashi destacou o interesse do Japão em intensificar a cooperação com o Brasil em temas relacionados à sustentabilidade, ressaltando a experiência japonesa em soluções inovadoras para o uso racional dos recursos naturais. “O Japão vê na Amazônia, e em especial no Amapá, um território estratégico para desenvolvermos projetos conjuntos que unam tecnologia, proteção ambiental e benefícios sociais. Estamos prontos para fortalecer essa agenda”, disse.

Tecnologias sustentáveis para a Amazônia

A reunião também abordou a possibilidade de expandir programas já existentes de cooperação técnica entre os dois países, como os projetos de capacitação de técnicos brasileiros e a transferência de tecnologias sustentáveis para a Amazônia. Entre os temas debatidos, destacaram-se o apoio à produção agrícola em áreas ribeirinhas, o incentivo a cadeias produtivas extrativistas e o desenvolvimento de soluções de bioeconomia que unam inovação e conservação ambiental.

Acesso a crédito e financiamento

O secretário de Fundos e Instrumentos Financeiros do MIDR, Eduardo Tavares, também participou da reunião e reforçou que o apoio japonês pode ser decisivo para ampliar o acesso a crédito e financiamento sustentável. “Nós temos hoje instrumentos financeiros que podem ser direcionados a projetos de bioeconomia e agricultura familiar. A parceria com o Japão abre espaço para estruturar linhas de crédito inovadoras, que levem mais recursos a quem produz e, ao mesmo tempo, incentivem práticas ambientalmente corretas”, explicou.

Para o vice-governador do Amapá, Teles Júnior, o fortalecimento da parceria representa um marco para a economia da região. “Com apoio do Japão, temos condições de tornar o Amapá uma referência em bioeconomia e agricultura familiar sustentável. Essa é uma agenda de futuro que conecta o desenvolvimento econômico à preservação ambiental e à qualidade de vida do nosso povo”, concluiu.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional deve avançar em novas tratativas com agências de cooperação japonesa, como a JICA, para identificar projetos-piloto que poderão ser implementados no Amapá. A JICA é a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Japan International Cooperation Agency), órgão responsável por coordenar a cooperação internacional para o desenvolvimento, atuando em parceria com governos, instituições e organizações em outros países. No caso do Brasil, a JICA tem uma longa trajetória, especialmente na Amazônia, apoiando projetos de desenvolvimento regional sustentável, bioeconomia, capacitação técnica e gestão ambiental. (FSB)