Baixo peso, anemia, vermes e protozoários foram detectados em uma pesquisa de amostragem realizada com crianças nos 12 municípios dos estados do Maranhão e Tocantins, localizados na área de influência direta da Usina Hidrelétrica Estreito. O levantamento é uma das etapas do “Crianças Saudáveis, Futuro Saudável”, um programa de saúde que objetiva a redução em 50% do nível de infestação por verminoses. Fruto de uma parceria entre o Consórcio Estreito Energia (Ceste), a Fundação Suez, o Instituto Alcoa e a Ong Inmed Brasil, o projeto contempla, desde março deste ano, 14.238 meninos e meninas de 197 escolas públicas municipais.
Em um encontro promovido no município de Estreito pela Ong, detalhes da pesquisa foram repassados aos coordenadores locais do programa. Os dados servirão de base para a próxima etapa do projeto que prevê o envolvimento dos Agentes Comunitários de Saúde, tratamento dos problemas diagnosticados e a implantação de hortas comunitárias, para reforço na alimentação das crianças.
Nos 12 municípios, da região tocantina, envolvidos no levantamento, foram detectadas mais anemia e presença de vermes, que protozoários e baixo peso, entre as meninas e meninos submetidos aos exames realizados.
A coordenadora pedagógica do Inmed Brasil, Marília de Oliveira Campos, responsável pelo monitoramento do “Crianças Saudáveis, Futuro Saudável” no Maranhão e no Tocantins, comenta que as situações diagnosticadas não diferem do que ocorre nas outras regiões brasileiras. “Felizmente, contamos com as parcerias das Prefeituras Municipais no Maranhão e no Tocantins para implantar o projeto e poder contribuir para a mudança nos índices de desenvolvimento humano das localidades envolvidas”, avalia a coordenadora.
Curiosamente, segundo Marília de Oliveira Campos, um grande empecilho do projeto nos municípios é a resistência da família das crianças, que considera desnecessário o tratamento. “O argumento é de que se eles passaram a vida inteira sem ‘isso’, os filhos também podem”, comentou.
Ação
Palestras, encontros de capacitação, rodas de conversas sobre educação sanitária, higiene e prevenção, por exemplo, fazem parte da rotina de trabalho dos coordenadores do “Crianças Saudáveis, Futuro Saudável”. A pedagoga Dulce Sardinha Gomes coordena o projeto em Carolina e, nos sete meses de execução do programa no município, ela conseguiu percorrer as escolas municipais e conquistar os professores a serem parceiros da ação.
“O novo sempre assusta e a educação sanitária não integra a grade curricular. Mas após os encontros eles perceberam o grande benefício à comunidade, especialmente para as crianças”, analisa.
Para a coordenadora do programa em Palmeirante (TO), Zilma Brito, a ação vem realmente fazendo a diferença nas escolas. “Estamos trabalhando para que o futuro de nossas crianças seja mesmo saudável. Felizmente, já é possível perceber a mudança no comportamento dos públicos incluídos no programa”, avalia.
O gerente de Planejamento e Controle Estratégico do Ceste, Marcos Duarte, explica que um dos primeiros passos do programa foi a capacitação dos coordenadores regionais que compartilharam o aprendizado com os professores e merendeiras das escolas. Ele também destacou a parceria das prefeituras municipais, especialmente pelo fato de todos os coordenadores serem servidores municipais e não receberem a mais em seus salários por isso. “Porém, asseguramos a eles todas as condições necessárias para que concretizem as ações previstas pelo ‘Crianças Saudáveis, Futuro Saudável’”, afirma.
Marcos Duarte continua, destacando que faz parte da política adotada pelo Consórcio Estreito Energia somar para o desenvolvimento saudável de toda a área de influência direta da Usina Hidrelétrica Estreito. “O Ceste sabe de sua responsabilidade social e não mede esforços para proporcionar uma melhoria na qualidade de vida daqueles que contribuem com a construção da UHE Estreito”, finaliza reforçando a importância da parceria da Fundação Suez, Instituto Alcoa e Inmed Brasil.
Sobre a Inmed Brasil
A Inmed Brasil é uma organização não-governamental sem fins lucrativos, registrada como Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que se dedica a inspirar e fortalecer comunidades por meio de programas que melhorem a qualidade de vida das pessoas.
A instituição faz parte de uma organização internacional chamada Inmed Partnerships for Children, que existe desde 1986 e tem sede em Ashburn, Virgínia, nos Estados Unidos. Esta organização também atua em 16 países da América Latina.
No Brasil, a Inmed tem conseguido mudar a realidade de muitas comunidades brasileiras. Com seus projetos e trabalhos voltados para saúde e ação comunitária, a organização atendeu mais de um milhão de crianças e quatro milhões de pessoas em 15 anos de existência no país.
O “Crianças Saudáveis, Futuro Saudável” foi o primeiro projeto desenvolvido pela Ong, a menos de um ano de sua fundação, em São Paulo. Em 1996, o projeto recebeu o prêmio Eco, da Câmara Americana de Comércio na categoria saúde.
Fonte: Assessoria de Imprensa UHE Estreito