Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Economia

Levantamento inédito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostra que a Nova Indústria Brasil (NIB) está transformando as potencialidades locais em vetores de desenvolvimento, impulsionando o crescimento sustentável e a geração de emprego em todo o País.

O novo painel interativo de monitoramento do Plano Mais Produção mostra que os investimentos da Nova Indústria Brasil (NIB) em todo o país já somam R$ 472,7 bilhões em mais de 168 mil projetos relacionados às seis missões da política industrial até março deste ano. No Norte, já são R$ 24,18 bilhões aprovados para 18 mil projetos industriais.

As informações estão organizadas por estado e região, o que permite visualizar com clareza como os recursos estão sendo aplicados conforme as potencialidades locais.

No total, o Plano Mais Produção conta com R$ 611 bilhões de recursos para o desenvolvimento industrial, em linhas de crédito e não reembolsáveis, com foco em inovação, produtividade, sustentabilidade e exportação.

O desenvolvimento de potencialidades locais pode ser observado quando se desagrega os dados por missões. Por exemplo, na Missão 5 (Bioeconomia e Descarbonização), 48,5% dos recursos foram para as regiões Nordeste e Norte. Já na Missão 1 (Agroindústria), 62% foram para Centro-Oeste e Sul.

Para o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, o balanço mostra os acertos da política industrial.

“A Nova Indústria Brasil é um marco histórico para o desenvolvimento industrial do país. O novo painel reforça que estamos no caminho certo, atraindo investimentos para setores estratégicos e impulsionando a indústria nacional com inovação e sustentabilidade, valorizando as potencialidades locais e transformando o futuro do Brasil com mais emprego e renda”, avalia.

O painel interativo detalha a distribuição dos recursos aprovados pelas instituições financeiras BNDES, Finep, Embrapii, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste entre as seis missões da NIB.

O painel também permite o recorte regional e por estado. Neste caso, o balanço não leva em consideração os recursos do Banco do Brasil, que não divulga informações desagregadas por estado por questões de compliance.

Potencialidades locais

A distribuição dos recursos do P+P revela como cada região tem suas vocações reconhecidas e fortalecidas pela NIB.

Dos R$ 24,18 bilhões de investimentos da indústria na região Norte, 40,9% (R$ 9,89 bi) são para Bioeconomia e Descarbonização, mostra o painel. Em segundo lugar está o investimento na Agroindústria (R$ 6,7 bi), seguido por Infraestrutura (R$ 5,6 bi), Transformação Digital (R$ 1,5 bi), Saúde (R$ 401 mi) e Defesa (R$ 4,4 mi).

Na região Nordeste, mais da metade dos R$ 55,2 bilhões investidos no período foi para a Infraestrutura, que teve R$ 29,3 bilhões destinados a 3.348 projetos. A missão Descarbonização e Bioeconomia conta com R$ 11,4 bi, seguida pela missão da Agroindústria (R$ 7,3 bi), Transformação Digital (R$ 6,3 bi), Saúde (R$ 829,3 mi) e Defesa (R$ 18,3 mi).

Com R$ 21,4 bilhões destinados a 14.219 projetos, a Agroindústria representa 52,3% dos R$ 41 bi da região Centro-oeste. Infraestrutura recebeu R$ 12,1 bi, seguido de Descarbonização e bioeconomia (R$ 4,4 bi), Transformação Digital (R$ 2,2 bi), Saúde (R$ 712,9 mi) e Defesa (R$ 22,1 mi).

Os projetos industriais aprovados na região Sudeste totalizam R$ 179,10 bilhões, distribuídos em mais de 51 mil iniciativas. A maior parte dos recursos foi destinada à área de infraestrutura, que recebeu R$ 86,6 bilhões, equivalente a 48,36% do total. Em seguida, destacam-se os setores de Transformação Digital e Defesa, com R$ 26,7 bilhões e R$ 26,1 bilhões, respectivamente. A missão da agroindústria foi alvo de R$ 17,1 bilhões; descarbonização e bioeconomia, com R$ 12,6 bilhões; e saúde recebeu R$ 9,8 bilhões.

Já a região Sul recebeu R$ 85,85 bilhões em investimentos da NIB distribuídos em cerca de 57 mil projetos. A maior fatia foi destinada à Infraestrutura, com R$ 32,7 bilhões, seguida da missão Agroindustrial, que recebeu R$ 27,46 bilhões. A Transformação Digital também se destacou com R$ 18,3 bilhões. Outros segmentos contemplados foram Descarbonização e Bioeconomia, com R$ 5,5 bilhões; Saúde, com R$ 1,69 bilhão; e Defesa, que recebeu R$ 38,4 milhões.

Para o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, Uallace Moreira, ao permitir o acompanhamento em tempo real e por meio de atualizações trimestrais, o painel reforça a transparência e a capacidade de monitoramento da execução do Plano Mais Produção.

Distribuição dos investimentos por Missão

Missão

Valor Total Investido (R$)

Percentual dos Recursos

Número de Projetos

Agroindustrial

104.874.017.137,62

22,19%

81.006

Saúde

21.927.784.864,16

4,64%

2.598

Infraestrutura

198.333.184.824,55

41,96%

38.480

Transformação Digital

77.381.662.159,49

16,37%

31.972

Descarbonização e Bioeconomia

43.972.449.217,77

9,30%

13.778

Defesa

26.209.683.439,98

5,54%

116

Painel da NIB

O dashboard com a distribuição de recursos financeiros por setor revela a predominância da Infraestrutura como principal destino dos investimentos da NIB. O setor concentra R$ 198,3 bilhões, o equivalente a 41,9% do total aplicado, em 38.480 projetos.

O Agronegócio também aparece em destaque. O segmento agroindustrial recebeu R$ 104,8 bilhões (22,19% dos recursos), distribuídos em 81.006 projetos, consolidando sua posição como um dos motores da economia nacional.

A Transformação Digital vem em terceiro, com R$ 77,3 bilhões (16,37%) investidos em 31.972 iniciativas, refletindo a aposta na modernização tecnológica. A Descarbonização e a Bioeconomia já somam R$ 43,97 bilhões (9,3%) e 13.778 projetos, sinalizando o compromisso crescente com práticas sustentáveis e beneficiando-se dos potenciais locais.

A área de Defesa detém R$ 26,2 bilhões (5,54%) em 116 projetos, indicando ações de grande porte e alta complexidade. Já o setor de Saúde, fundamental para o bem-estar da população, foi contemplado com R$ 21,9 bilhões (4,64%) em 2.598 projetos, a menor fatia entre os segmentos analisados.