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Cursos & Concursos

Foto: Jefferson Christofoletti/Embrapa

Foto: Jefferson Christofoletti/Embrapa

Pensando em auxiliar o produtor a expandir sua área de atuação e faturar mais, a Embrapa Pesca e Aquicultura desenvolveu o Aquacompete – uma trilha de aprendizado composta por três cursos, que levará ao piscicultor todas as informações que ele precisa para conseguir vender até para os mercados internacionais mais exigentes.

O Aquacompete é voltado para extensionistas, responsáveis técnicos, técnicos da indústria da aquicultura ou que atuam em empresas exportadoras e desejam aumentar a competitividade da sua produção. O treinamento é uma das capacitações do e-campo da Embrapa. 

O primeiro curso "Aquicultura Competitiva e Mercado Externo" acabou de ser lançado, e os próximos treinamentos ficarão disponíveis até dezembro. “Nesta primeira etapa, discutimos aspectos mais amplos da competitividade, seus fatores, a importância de compor arranjos produtivos e também falamos sobre os conceitos atuais que pautam o mercado mundial. No segundo curso, ensinamos como o produtor deve se preparar para exportar com segurança; mostramos os protocolos, autocontrole e conformidade sanitária, além de todas as informações que o produtor precisa para ele ir além dos mercados informais”, explica Renata Melon, veterinária da Embrapa Pesca e Aquicultura, responsável pelo curso.

Segundo a analista, mercados mais exigentes e com maior poder de remuneração – como o mercado externo, nichos especializados e grandes redes varejistas – podem ser acessíveis mesmo para as agroindústrias que atuam com pequenos e médios produtores, desde que piscicultores e indústrias estejam integrados e dentro da conformidade legal.

“O Brasil possui uma legislação sanitária moderna, reconhecida internacionalmente”, destaca ela. “A aquicultura brasileira precisa encontrar formas de se qualificar e se posicionar como fornecedora de um produto competitivo no mercado global, como acontece com as demais proteínas que nosso país exporta”.

Para ela, é fundamental que a aquicultura aprenda com setores já consolidados, como os de bovinos, suínos e aves, que contam com estruturas robustas há décadas. “Essa maturidade se reflete até mesmo na facilidade de acesso ao crédito rural”.

Renata Melon defende a ampliação do debate sobre a melhoria da qualidade do pescado cultivado por meio da formação de arranjos produtivos/clusters e modelos de integração. Nesse contexto, a indústria — que tem a função legal de coordenar a cadeia produtiva — pode assumir um papel estratégico no apoio à qualificação do produto ofertado ao consumidor.

“À medida que o setor aquícola avança, é fundamental que a indústria evolua de forma alinhada à legislação ambiental, social e produtiva vigente, incorporando também boas práticas de biossegurança e gestão, ganhando assim competitividade para ganhar o disputado mercado internacional do pescado”, destaca a analista da Embrapa. “Sem a profissionalização adequada em todos os aspectos que envolvem a aquicultura, o setor continuará com duas cooperativas dominando o mercado e um sem-número de pequenos produtores desarticulados, espalhados por aí”, conclui. (Embrapa/TO)