O mercado imobiliário do Tocantins vive um momento de transformação. Com famílias menores, jovens em busca do primeiro imóvel e profissionais em regime de home office, cresce a procura por moradias compactas, funcionais e sustentáveis. Essa tendência, já consolidada em grandes centros urbanos, começa a se firmar também na capital tocantinense, impulsionando novos projetos e movimentando o setor da construção civil.
De acordo com levantamento da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Tocantins (Ademi-TO), os lançamentos de imóveis no estado cresceram mais de 61% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. Boa parte dessas novas unidades é formada por apartamentos menores, projetados para oferecer conforto, tecnologia e integração a áreas comuns modernas.
“Nós vivemos um momento em que se identifica um novo perfil de mercado aqui no Tocantins. Essa é uma característica que já vinha mais difundida em cidades maiores, mas agora começa a se consolidar também por aqui. As incorporadoras e construtoras passam a desenvolver produtos mais compactos para atender esse novo público, formado por estudantes, casais jovens, famílias pequenas e profissionais que buscam praticidade e boa localização”, explica o presidente da Ademi, João Paulo Tavares.
Além de atender novos perfis de consumidores, os imóveis compactos ajudam a conter a expansão desordenada das cidades, concentrando moradias em áreas com infraestrutura consolidada. “A moradia mais compacta democratiza o acesso à habitação e permite incluir famílias e pessoas que antes não tinham condições de adquirir um imóvel em áreas mais nobres. É uma forma de otimizar espaços e promover inclusão habitacional, aproximando mais pessoas dos centros urbanos”, complementa o presidente da Ademi-TO.
Para o setor, a tendência representa também uma oportunidade de inovação, com a incorporação de soluções sustentáveis e tecnológicas — como sistemas inteligentes de energia, reaproveitamento de água e áreas compartilhadas que estimulam o convívio e a economia de recursos. Esses fatores tornam o novo perfil de moradia uma resposta não apenas às mudanças de comportamento, mas também aos desafios do desenvolvimento urbano no Tocantins.
“Estamos caminhando para um modelo de moradia mais consciente, que une conforto, sustentabilidade e planejamento urbano. Essa evolução reflete um mercado mais maduro e alinhado às novas necessidades da população tocantinense”, conclui João Paulo.

