Um acordo de princípio foi firmado nesta sexta-feira, (28) no Porto, com a Bioport, empresa que fornece biodiesel para a entidade responsável pelo transporte público na cidade portuguesa, afirmou Bundyra durante um evento de promoção do investimento nos biocombustíveis no Tocantins.
"Portugal tem condições, pelo acesso logístico, para ser um ponto de distribuição para a Europa, entrando na Alemanha e França", disse o empresário.
A parceria deverá entrar em vigor em dezembro, prevendo o abastecimento de matéria-prima (pinhão manso) para transformação em Portugal, e ainda a venda de biodiesel. Segundo Bundyra, o acordo tem condições para ser "competitivo" porque uma das associadas da Bioport é distribuidora de biodiesel.
O empresário afirma que o acordo "pode evoluir para investimento direto das duas partes", com a empresa brasileira instalando uma unidade de produção de biodiesel em Portugal e a Bioport apostando na produção de matéria-prima no Estado do Tocantins.
A longo prazo, seria "lógica" uma troca de participações ou mesmo fusão entre as duas empresas, que têm dimensões semelhantes. "Temos interesse em ser multinacional", afirmou o presidente da Biotins.
O evento "O Biocombustível - Imperativo Ecológico ou Oportunidade de Negócio?" foi realizado em Cascais (distrito de Lisboa), organizado pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing de Portugal e presidido pelo ex-ministro português da Indústria, Luís Mira Amaral.
A reunião contou com cerca de 150 participantes, entre especialistas, empresários e governantes, como o governador do Tocantins, Marcelo Miranda, e o ex-ministro brasileiro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues.
Agência Lusa