O desenvolvimento econômico da região Amazônica integrado à sustentabilidade ambiental estiveram em pauta no segundo encontro que o governador Marcelo Miranda e o ministro extraordinário para Assuntos Estratégicos do governo federal, Mangabeira Unger, mantiveram para tratar do PAS – Plano da Amazônia Sustentável. Após a audiência, que aconteceu no Palácio Araguaia, nesta sexta-feira, 13, o governador e o ministro seguiram juntos para o encerramento do 34º Fórum Nacional de Secretários de Planejamento, onde Unger proferiu palestra.
Na audiência, diante de parte do secretariado presente, o governador colocou sua equipe de auxiliares à disposição da elaboração de políticas para o PAS, afirmando que todos estão “prontos para o trabalho”.
Sobre o PAS, o ministro negou que haja conflitos políticos, quanto a manter o equilíbrio entre preservação ambiental e desenvolvimento econômico. “O país está convergindo para a tese do desenvolvimento sustentável, o problema é que falta conteúdo prático a essa tese” afirmou. A elaboração deste conteúdo prático, justamente, tem levado o ministro a percorrer os estados amazônicos. Neste sentido, a primeira visita de Unger a Marcelo Miranda aconteceu em abril, ainda antes do lançamento oficial do PAS.
Nas visitas políticas, o ministro tem defendido que o desenvolvimento sustentável passa por quatro áreas: regularização fundiária e zoneamento ecológico e econômico; combate ao desmatamento; elaboração de alternativas econômicas às comunidades agrícolas e extrativistas das regiões de transição entre o cerrado e a floresta e a organização da agricultura e da pecuária.
Participaram da audiência os secretários Anízio Pedreira (Recursos Hídricos e Meio Ambiente), Eudoro Pedrosa (Industria e Comércio), Roberto Saihum (Agriculura, Pecuária e Abastecimento), Osmar Nina Garcia (Ciência e Tecnologia), Luiz Antônio da Rocha (Gabinete do Governador) e Maria Auxiliadora Seabra Rezende (Educação e Cultura).
No Fórum de Secretários, o secretário estadual do Planejamento, José Augusto Pires Paula, considerou como “discussão superada” os debates sobre uma possível exclusão do Tocantins da região amazônica e, assim como o ministro, afirmou que “não existe mais” uma discussão “ambientalismo versus desenvolvolvimentismo”.
Fonte: Secom