O redimensionamento da área de mais de 150 mil hectares do PEJ - Parque Estadual do Jalapão será pauta de consulta pública entre as comunidades do município de Mateiros, membros do Conselho Consultivo do parque, autoridades e instituições representativas, que acontece nesta quinta-feira, 25, às 9h, na igreja Matriz de Mateiros, a 241 quilômetros de Palmas.
A consulta tem como objetivo levar ao conhecimento da comunidade local os estudos levantados pelo Naturatins – Instituto Natureza do Tocantins, com o apoio da TNC – The Nature Conservancy, bem como, buscar sugestões dos moradores para que sejam apresentadas as propostas de inclusão e exclusão de áreas na Unidade de Conservação, e assim, consolidar a área do parque.
Dentre as sugestões contempladas nos estudos, foram observados diversos critérios, destacando entre eles a exclusão da comunidade Mumbuca da área do PEJ e a inclusão de outras áreas de relevância para a manutenção, preservação e conservação da biodiversidade local.
A consulta contará com a participação do diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Naturatins, Antonio Santiago, que na oportunidade também representará o gestor do órgão Marcelo Falcão Soares.
Para Falcão, “o redimensionamento do Parque virá contribuir, além da gestão e proteção ambiental, com fortalecimento sustentável do turismo local, gerando renda e qualidade de vida à população local”, afirmou.
O apoio da TNC é resultado do termo de cooperação firmado em fevereiro de 2008 pelo governo do Estado e a ONG ambientalista, para proteção e gestão das Unidades de Conservação de Proteção Integral do Estado.
Importância Regional
Situada no centro de uma das maiores áreas de cerrado conservadas do país, o PEJ estabelece uma importante conexão entre duas das maiores unidades de conservação do Cerrado: a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins e o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. As Áreas de Proteção Ambiental Jalapão e Serra da Tabatinga completam o corredor ecológico Jalapão – Chapada das Mangabeiras, que juntas protegem e conservam aproximadamente dois milhões de hectares do bioma Cerrado.
Sua biodiversidade
O parque é considerado um importante patrimônio ecológico e biológico, pois protege ecossistemas diversificados, além de abrigar espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção, como exemplo pato-mergulhão (Mergus octocetaceus) e a águia-cinzenta (Harpyalaetus coronatus).
Possui uma área com predominância de cerrado como vegetação típica, além de também ser composta por formações campestres, florestais, matas ciliares, de galeria e cerradão. O relevo é formado com chapadões e planaltos e abriga diversas nascentes de água. A vegetação de cerrado ralo combinada com a areia, dunas, serras, vales, veredas e cachoeiras.
Fonte: Naturatins