Depois de toda polêmica e protestos na segunda reunião para discutir a expansão do plano diretor proposta pelos vereadores de Palmas, tendo como contrário apenas Bismarque do Movimento (PT), populares, entidades e líderes comunitários que são contra começam a se mobilizar.
Um grupo de estudantes planeja para o domingo, 20, uma caminhada contra a proposta dos vereadores que deverá percorrer os arredores do Paço Municipal e terminar na Câmara de Palmas. Os manifestantes, conforme informaram organizadores, pretendem chamar a atenção para os principais pontos negativos da proposta dos vereadores.
Na Universidade Federal do Tocantins (UFT) vários grupos se articulam em manifestações independentes contra a expansão. Em entrevista ao Conexão Tocantins, o reitor da Universidade, Alan Barbiero afirmou que vai requerer novamente junto aos parlamentares a garantia de espaço para a instituição se manifestar na terceira reunião pública.
“A UFT é um espaço democrático e livre, aqui não há controle nem repressão à manifestação de professores e alunos. Por parte da reitoria vamos voltar a conversar com vereadores para pedir o espaço conforme tinha sido combinado de apresentar propostas”, relatou.
O reitor deixou a segunda reunião pública após não ter tido oportunidade de se manifestar. “Precisamos ter um debate equilibrado que tenha falas garantidas de todos que sejam favoráveis e de quem tenha posição diferente", defendeu, completando ainda que a reunião não pode ser um campo de batalha.
Blog
Na internet, as mobilizações também continuam. O debate está nas principais redes sociais e alguns representantes da UFT criaram inclusive um Blog para esclarecer os principais pontos da discordância da proposta. No blog há a argumentação de que 135 quadras e bairros que já foram aprovados pela Prefeitura de Palmas não são ocupados pela população.
O grande aumento de preços com a inclusão de terras de uso rural e ainda a quantidade de lotes vazios afetam diretamente a qualidade de serviços públicos como transporte e infra-estrutura. “Palmas é uma cidade onde as pessoas de renda menor moram distantes do centro, afastadas nos extremos norte e sul da cidade – o ideal seria ocupar esses espaços vazios! Isso é possível mesmo que aleguem o contrário”, alegam os responsáveis pelo Blog.
No centro das alegações de especialistas e formadores de opinião que são contra a expansão do plano está ainda a necessidade de regularização fundiária de alguns setores bem como a construção de moradias de interesse social nos espaços vazios.