O assassinato do docente Cleides Antônio Amorin, 42 anos, coordenador do curso de Ciências Sociais do campus de Tocantinópolis, da Universidade Federal do Tocantins, levou a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Tocantins (SESDUFT) a se manifestar nesta segunda-feira, 9, contra a homofobia no Tocantins. Segundo o manifesto, a SESDUFT lança a campanha contra a homofobia no Estado.
Ainda segundo o manifesto, a Seção Sindical defende a inviolabilidade dos direitos humanos e denuncia crimes homofóbicos e quaisquer tipos de opressão, discriminação e preconceito à população LGBT. Confira abaixo o manifesto na íntegra.
Manifesto
Conforme Boaventura Santos, “temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos inferioriza; temos o direito a sermos diferentes, quando a igualdade nos descaracteriza". Por conseguinte, a SESDUFT lança sua campanha contra a homofobia no Estado do Tocantins.
Neste início de ano, a Universidade Federal do Tocantins (UFT) perdeu o docente Cleides Antônio Amorin, 42 anos, coordenador do curso de Ciências Sociais do campus de Tocantinópolis. Essa perda se deve ao seu brutal, fútil e torpe assassinato naquela cidade.
Conforme dados do Giama (Grupo Ipê Amarelo de Conscientização e Luta pela Livre Orientação Sexual), desde 2002 o Estado do Tocantins computou 25 crimes com características de homofobia.
Defendemos a inviolabilidade dos direitos humanos e denunciamos os crimes homofóbicos e quaisquer tipos de opressão, discriminação e preconceito a população LGBT constituída em sua diversidade sexual (HSH, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).
Nesse sentido lançamos a “Campanha SESDUFT contra a Homofobia no Tocantins”, para que possamos coletivamente introduzir no cotidiano docente e na sociedade civil uma reforma do pensamento, uma vez que o sexismo e a homofobia deseducam e prejudicam a vida social e identitária de crianças, adolescentes, jovens, homens e mulheres deste país, sejam eles, homoafetivos ou heterossexuais.
Ninguém nasce preconceituoso. As crianças, os jovens e adultos aprendem a ser assim e podem, de igual maneira, serem ensinadas a comportar-se de maneira diferente, educadas no princípio do respeito humano.
Por fim, queremos reafirmar o “Brasil sem Homofobia” no qual não sejam mais aceitas práticas sociais, que criminalizam, estigmatizam, marginalizam seres humanos por motivo de sexo, orientação sexual não heterossexual e identidade de gênero discordante ao sexo biológico.
DIREÇÃO DA SESDUFT – ANDES -SN