Representantes de onze órgãos ambientais e de fiscalização estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira, 13, para analisar os laudos que revelam informações sobre a mancha verde que vem gerando preocupação na população e autoridades sanitárias há quase duas semanas. O encontro durou cerca de três horas e uma das decisões tomadas pelo grupo é de que a pesca e o banho nas praias de Palmas continuarão proibidos.
As discussões giraram principalmente em torno dos resultados dos laudos feitos pela Universidade Federal do Tocantins - UFT, e pela Saneatins que apontam a existência de cianobactérias na água do Ribeirão Taquaruçu, que está caindo no reservatório da Usina Luís Eduardo Magalhães. O documento da UFT revela que a cianobactéria é potencialmente tóxica, entretanto, o órgão não realizou exame toxicológico. Já o laudo da Saneatins traz um dado contrário.
Diante da divergência, e zelando pela saúde da população, os órgãos decidiram por manter as proibições e continuar o trabalho de monitoramento em torno da água do Lago e do Ribeirão. E mais, nessa quinta-feira, 14, novas coletas serão feitas para análises em laboratório fora do Tocantins. Com base no resultado pretende-se decidir pela liberação ou não do uso das praias e da pesca.
“Temos a preocupação com a questão ambiental de querer saber o que causou [a presença das bactérias], se foi uma ação natural ou do homem. Como não temos conhecimento ainda, qualquer questionamento é especulação’, destacou o Major Faria, da Defesa Civil do Estado.
Uma das observações feitas pelas instituições é de que a população pode voltar a usar as estruturas das praias, desde que não use o Lago.
Presenças
Estiveram no evento: Superintendência da Pesca, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Defesa Civil do Estado, Divisão Municipal de Defesa Civil, Divisão Municipal de Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Corpo de Bombeiros, Saneatins, Colônia de Pescadores e Naturatins. (Ascom)