Atendendo solicitação da Superintendência da Polícia Federal, a Polícia Civil, por intermédio do Instituto de Criminalística (IC), realizou na tarde deste último domingo (25) a reprodução simulada do homicídio do qual foi vítima o Delegado da Polícia Federal, Edward Neves Duarte. A ação teve início por volta das 13h na quadra 208 Sul, e contou com a participação dos três acusados pelo crime.
O primeiro a dar sua versão para os fatos foi Douglas Souza em seguida, foi à vez de Fabrício Araújo da Silva, fornecer detalhes de sua participação e, por último Jhonatan Almeida da Silva contou como ele e seus comparsas assassinaram o delegado Duarte, que segundo eles, teria reagido a uma tentativa de assalto no último dia 19 do corrente mês quando chegava a sua residência.
Segundo o superintendente da Polícia Federal, Élzio da Silva e o procurador federal Victor Manoel Mariz, a reprodução foi muito importante e teve por objetivo principal dirimir as dúvidas que ainda restam entre os depoimentos e os vestígios encontrados na cena do crime e, também identificar as possíveis contradições nas versões apresentadas pelos acusados a fim de se reconstruir toda a dinâmica dos fatos, dando celeridade as investigações para se chegar a uma conclusão correta do que aconteceu.
A reprodução também serviu para esclarecer qual foi a real participação de cada um dos três acusados no episódio e, consequentemente também foi importante para os operadores do direito no que diz respeito à dosimetria das penas e, também das qualificadoras. A ação também serviu para complementar tudo o que já foi apurado até o momento.
Na oportunidade, cerca de trinta e cinco militares do Exército Brasileiro pertencentes ao 22º Batalhão de Infantaria, sob o comando do Capitão Aureliano, também participaram de toda a ação desde o início do dia fornecendo toda a parte logística de segurança, alimentação e, ainda atuando de forma ativa no isolamento do perímetro da quadra e coordenando o trânsito de pessoas e veículos, contribuindo assim para o bom andamento da reprodução simulada. “Nossa missão é prestar o apoio logístico com barracas e alimentação, fazer o bloqueio das ruas e garantir a segurança dos participantes e, também do local evitando que pessoas alheias a ação atrapalhem o andamento dos trabalhos”, concluiu o capitão.
Além dos peritos do IC de Palmas, responsáveis pela reprodução, o Perito Leonardo Ribas do 3º Núcleo de Perícia Criminal, localizado em Gurupi, também foi solicitado, pela Polícia Federal, para compor a equipe devido à vasta experiência que possui em casos de homicídio. Sua função foi determinar a trajetória exata dos projéteis que foram disparados na cena do crime. O perito também foi o responsável pelo laudo balístico realizado no 3º Núcleo de Perícia de Gurupi, o qual confirmou que os tiros disparados pelos criminosos partiram do revólver calibre 38 que estava de posse dos mesmos e, que foi encontrado pouco tempo depois em uma construção.
O Grupo de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil – Gote, com um efetivo de 15 integrantes e 4 viaturas, sob o comando do delegado Roger Knewitz, participou de forma intensa de todas as etapas da reprodução simulada, auxiliando na segurança e condução dos acusados e contribuindo de forma decisiva para o sucesso da ação.
Segundo o Delegado Knewitz, a participação da unidade especial da PC foi uma requisição da Polícia Federal o que demonstra a confiança e a credibilidade que o Gote desfruta não só da sociedade tocantinense, mas também pelas demais forças de segurança do Estado.
A reprodução simulada foi considerada como muito útil e satisfatória sendo encerrada por volta das 18 horas após ter todas as suas fases concluídas com muito êxito. ( Com informações da SSP)