O governador Siqueira Campos recebeu nesta segunda-feira, 9, o presidente-diretor da VLI (braço logístico da companhia Vale), Marcello Spinelli, para discutir a construção de dois pátios integradores da Ferrovia Norte-Sul, nos municípios de Porto Nacional ( 52 km de Palmas) e Palmeirante (329 km da capital). De acordo com o empresário, a expectativa é que os dois pátios, que juntos têm um investimento de mais de R$ 300 milhões, iniciem as atividades já para a safra de 2015. Quando estiverem em atividade, os dois terminais terão capacidade de armazenar 150 mil toneladas de grãos, beneficiando produtores do Tocantins e da região de influência da ferrovia, nos estados vizinhos.
De acordo com o Governador, os investimentos em logística beneficiam o Estado à medida que possibilitam o escoamento da produção, gerando divisas, emprego e renda para a população. “O produto brasileiro vem sendo produzido com muito sacrifício. É importante investir também nos Estados que estão se organizando”, disse num comparativo de investimentos em grandes centros do Sudeste.
Para o diretor-presidente da VLI, Marcello Spinelli, o Tocantins se destaca pela localização estratégica, já que faz parte do chamado corredor Centro-Norte, além da capacidade de desenvolvimento que o mais novo Estado da Federação ainda possui. “Nós temos empreendimentos em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, mas aqui é onde dá frio na barriga, porque sabemos que aqui não vamos crescer em percentuais. Vamos crescer em dobrado”, disse.
Dos dois terminais que serão construídos, o maior é o de Palmeirante que, depois de concluído, terá capacidade para abrigar até 60 caminhões, com prédio para coleta e análise dos grãos, quatro tombadores com capacidade de transferir até 1.500 toneladas de grãos por hora, conseguindo descarregar até 40 caminhões em 60 minutos. Segundo a VLI, a capacidade de carregamento do terminal será de 1.800 toneladas/hora, o que significa um trem de 80 vagões totalmente carregado em até quatro horas. Além disso, será construído ainda um armazém com capacidade de estocagem de 90 mil toneladas de grãos, em três células.
Com capacidade um pouco menor, o terminal de Porto Nacional difere do de Palmeirante pelo tamanho do armazém (60 mil toneladas estocadas) e número de tombadores (três, com capacidade de descarregar até 30 caminhões por hora). Cada uma das unidades tem um custo estimado de R$ 152,3 milhões para as estruturas.
Pauta conjunta
Durante o encontro, a diretoria da VLI propôs uma pauta para ser trabalhada em conjunto entre a empresa e o governo, para dar mais celeridade no processo de construção das estruturas. Segundo Spinelli, com todos os entraves resolvidos, a estimativa da empresa é que os dois terminais estejam em atividade já para a safra no início de 2015. “A nossa meta é iniciar as obras já no ano que vem e em um ano concluir”, frisou.
Presente na reunião, o secretário executivo do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Jair de Aguiar, ressaltou que o governo do Estado está preparado para a gama de investimentos que está recebendo. “O Tocantins está preparado, principalmente para termos competitividade frente ao importante mercado exterior”, pontuou.
Presenças
Na ocasião estiveram presentes, além do governador Siqueira Campos e do diretor presidente da VLI, Marcello Spinelli, o vice-governador João Oliveira, o especialista em Fomento e Novos Negócios da VLI, Eduardo Calleia, o especialista de Relações Institucionais da empresa, José Osvaldo Cruz, além dos gerentes Jurídicos, Eduardo Dinelli e de Gestão e Controle, Daniel Schaffazick e o secretariado estadual. (ATN)