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Saúde

Foto: Divulgação

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Nas primeiras duas semanas do mês de janeiro deste ano foi registrado um aumento de 162% no número de casos notificados de dengue, se comparado ao mesmo período de 2015. Neste ano foram registradas neste período 1.019 notificações de casos suspeitos em 55 municípios contra 388 notificações registradas em 59 municípios nas primeiras duas semanas de 2015.

Os números considerados alarmantes foram divulgados durante a primeira reunião ordinária de 2016 do Comitê Estadual de Mobilização Social contra o Aedes Aegypti, que reuniu entidades públicas, privadas e do terceiro setor nesta terça-feira, 19, no Anexo I da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau).

Conforme informou o técnico da área de Dengue, Febre Amarela e Chikungunya, Marcos Timóteo, entre 2014 e 2015 houve um aumento de 83% no número de casos de dengue. “Toda a população tem se que atentar para estes números e perceber que a situação é seria e que o Aedes aegypti tem que ser combatido. No ano de 2015 foram notificados 18.724 casos suspeitos de dengue. Destes, 38% foram confirmados. Também foram registrados cinco óbitos decorrentes de agravamento no quadro da infecção por dengue no ano passado”, reforçou o técnico.

A gerente estadual de Dengue, Febre Amarela e Febre Chikungunya, Christiane Bueno, destacou que a composição do Comitê é de suma importância para a mobilização e combate ao mosquito. “A Saúde está à frente na articulação, no convite aos parceiros para que possamos trabalhar juntos, mas essa não é uma ação isolada, sozinhos não vamos conseguir o resultado. Cada um deve fazer o seu trabalho dentro da sua instituição, da sua casa, com seu vizinho, levando principalmente a informação de que hoje nós estamos em guerra com o Aedes Aegypti”, destacou.

Presente na reunião, representando a Polícia Militar do Tocantins, a tenente coronel Alaídes Machado foi uma das parceiras que deixou sugestão para atuação prática de combate ao mosquito. “Nós podemos fazer uma ação dentro dos quartéis, com a participação de profissionais da Saúde. Podemos fazer uma varredura em todo o Estado, eliminando os focos que por ventura existam nesses locais, contando com o apoio da PM. A Polícia Militar está à disposição para colaborar e para atua na conscientização da população”, disse.

Campanha publicitária

Na ocasião, a subsecretária de estado da Comunicação, Kênia Borges, apresentou a campanha publicitária que será lançada pelo Governo do Estado.  “O combate ao mosquito é uma preocupação do governador Marcelo Miranda e nessa ação de comunicação nós buscamos traçar uma estratégia que envolva ainda mais a comunidade neste tema. Tentamos sair do senso comum para atribuir a responsabilidade a cada cidadão, já que não adianta eu fazer a minha parte se o outro não o fizer. Temos que ter consciência que hoje existem três grandes motivos para se combater o mosquito, que são a dengue, a chikungunya e a zika”, disse.

A subsecretária ainda destacou que a rede pública de ensino também será envolvida na ação.  “Os alunos atuarão como agentes mirins, porque a criança realmente se envolve e atua como fiscal. Nós temos 180 mil alunos na rede estadual, se deste número 20% se engajar nesta ação, serão 36 mil alunos combatendo o mosquito e, assim, nós teremos um resultado muito positivo”, reforçou.

A campanha do Governo do Estado está sendo finalizada e será veiculada em emissoras de TV, em rádios, inclusive rádios comunitárias, outdoors, jornais impressos, folders e flyers que os agentes de saúde poderão utilizar para reforçar a abordagem feita nos domicílios.

Parceiros

Na reunião desta terça estiveram presentes a Polícia Militar do Tocantins, Secretaria de Estado da Educação (Seduc), apoiadores do Ministério da Saúde, Defesa Civil do Estado, Distrito Sanitário Estadual Indígena (DSEI), Agência Tocantinense de Saneamento (ATS), Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), Secretaria do Trabalho e Assistência Social (Setas), Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (Semus), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), além de conselhos e associações classistas e empresas privadas.