Foi realizada na manhã desta quarta-feira, 22, pela Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto), uma consulta pública para discutir a pavimentação de trechos das TO´s 444/447 entre Paraíso do Tocantins e Chapada de Areia. A obra fará a ligação por asfalto entre Paraíso e Chapada de Areia por meio das duas rodovias, totalizando 39,01 km e está estimada para ir à licitação por R$ 31 milhões. O evento reuniu autoridades municipais, pessoas que terão suas terras afetadas pela obra, técnicos da Ageto e representantes das comunidades beneficiadas.
A consulta foi realizada no auditório da prefeitura na cidade de Paraíso Tocantins. Segundo a engenheira agrônoma, Lucia Leiko, o objetivo foi apresentar o projeto, tirar as dúvidas da comunidade e garantir a transparência das obras realizadas pelo estado. “Nosso objetivo é sanar as dúvidas e abrir um canal de comunicação com os beneficiados pela pavimentação dessa rodovia”, disse ela.
O prefeito de Paraíso, Moisés Avelino, destacou que o asfalto vai facilitar o tráfego da comunidade dessa região e se disse esperançoso com o início da obra. “Essa consulta é um marco, é a prova de que agora essa obra sai, porque ela já foi lançada duas vezes e nunca se teve dinheiro para fazer, mas acredito que agora, de fato vai acontecer e a comunidade dessa região terá seu sonho realizado”, ressaltou o gestor.
Já o prefeito de Chapada de Areia, João José de Souza Milhomem, disse que a pavimentação da rodovia vai beneficiar toda a região. “Essa via vai contribuir com o desenvolvimento de todo o Vale do Araguaia”, disse.
Comunidade
Os moradores ficaram alvoroçados com o projeto. “Aquela estrada é ruim demais, quem tem que vir a Paraíso todo dia tem sofrido, agora nossa vida vai mudar”, ressaltou Maria Madalena da Silva, uma das moradoras que terão suas terras afetadas pela rodovia.
Francisco Mendes, que também mora em uma das propriedades afetadas, ressaltou que os serviços paliativos na rodovia não pavimentada já não funcionam mais. “A gente vê a patrol passando, mas quando chega lá na frente, aqui atrás já esburacou, o asfalto vai ser bom demais para o povo daqui”, disse ele.
Todas as orientações em relação ao processo de desapropriação e indenização das terras do traçado da via foram repassadas para a comunidade. “A rodovia não fugirá muito do que é hoje e toda a documentação para o processo de desapropriação e indenização foi solicitada aos moradores”, explicou Lúcia, ressaltando que o processo seguirá as recomendações previstas na legislação.
Investimento
Os recursos são provenientes do Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável (PDRIS), na modalidade pavimentação, financiada pelo Banco Mundial. A via será feita com revestimento do tipo Tratamento Superficial Duplo (TSD), todo o projeto foi desenvolvido após estudos de tráfego, ambiental e de viabilidade.
O engenheiro civil Cezar Batista disse que o projeto da obra já foi aprovado pelo Banco Mundial, já está com licenciamento ambiental aprovado pelos órgãos competentes e que a Ageto trabalha para que o edital da licitação fique pronto nos primeiros dias de julho.
Lúcia Leiko explicou que o cronograma prevê que a abertura dos envelopes ocorra em outubro e a assinatura da ordem de serviço em meados de novembro. “Depois da assinatura da ordem de serviço a execução da obra tem prazo de 514 dias, ou seja, 18 meses”, finalizou.