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Estado

Foto: Divulgação

A votação para a escolha do novo presidente do Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (Simed-TO) transcorre com normalidade nas cidades de Araguaína (norte do Estado) e Gurupi (sul tocantinense). Os profissionais desses municípios ganharam o direito de votar de forma presencial, por urnas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Em Palmas também foram colocadas urnas à disposição da categoria, na sede do sindicato, ao lado do Hospital Geral de Palmas.

Ao todo são mais de mil profissionais filiados aptos a votar. O pleito segue até 18h. São duas as chapas concorrentes: “Experiência e Renovação”, encabeçada pela atual presidente do sindicato, Janice Painkow, que está há oito anos no cargo; e “Responsabilidade Classista”, que tem Hugo Magalhães como candidato da oposição.

Em Gurupi são 60 médicos aptos a votar. Já em Araguaína, foram enviadas 250 cédulas e a expectativa é de participação presencial de 90 profissionais. Os médicos devem se dirigir às sedes da Unimed nesses municípios para exercer o direito de votar.

Participação do médico no inteior

Candidato à presidência do sindicato pela chapa 2 “Responsabilidade Classista”, o clínico geral Hugo Magalhães, 34, fez um apelo para que os profissionais do interior participassem do pleito. “É importante a participação dos colegas de Araguaína e Gurupi na votação presencial. E também de cidades próximas. Foi uma das principais lutas da chapa 2 a colocação das urnas nesses municípios. Este faz parte do nosso compromisso de interiorização do sindicato, fazendo com que o colega do interior participe e tenha voz e vez como o colega da capital da decisão do destino do sindicato”, afirmou.

Ao citar o “esforço da chapa sobre a votação no interior”, Magalhães se refere ao fato de o grupo de oposição ter lutado, desde o início do pleito por votação presencial não apenas em Palmas, como foi no modelo anterior da eleição suspenso pela Justiça.
A votação por urnas em Araguaína e Gurupi é uma conquista da chapa 2 e foi decidida durante audiência na 2ª Vara da Justiça do Trabalho de Palmas. Após a atual presidente do Simed alegar, durante a audiência, que o sindicato não possuía recursos para custear a votação no interior, a chapa 2 se comprometeu em pagar as depesas.

Simed alegou que não tem verba 

Entretanto, conforme balanço financeiro assinado pela própria presidente atual do Simed, o sindicato fechou o ano passado com lucro líquido de mais de R$ 700 mil e, em março, recebeu mais R$ 500 em contribuição sindical, descontada dos vencimentos dos médicos. O Simed recolheu R$ 1.663.314,20 entre 2013 e 2015 somente com contribuição sindical.

Conforme a tabela, o Simed registrou no ano passado R$ 2.393.677,12 de receitas. E teve R$ 1.622.545,67 de despesas. “Nossa intenção era de votação presencial em mais cidades, mas não foi possível por questão financeira. Porém, é o primeiro passo”, disse Hugo – os custos das despesas, estipuladas em quase R$ 30 mil, foram divididos entre os membros da chapa 2.

Na votação prevista para o último dia 31, que foi suspensa pela Justiça, havia urnas apenas em Palmas. Os demais médicos do interior votariam por cartas. Muitos deles comunicaram, por meio de redes sociais, que não haviam recebido as cédulas até dias depois da data marcada para votação, inviabilizando a participação.