O deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Palmas/TO, José Roberto Forzani (PT) concedeu entrevista ao Conexão Tocantins na tarde desta quarta-feira, 6, quando avaliou a Saúde, Educação e Habitação, na gestão do prefeito Carlos Amastha (PSB). Ao falar da habitação em Palmas, Forzani disse que o prefeito Carlos Amastha não colocou o sistema de moradia como prioridade. "Um desastre, um desastre total. Infelizmente a atual administração não colocou a habitação como sua prioridade e virou um desastre na Capital", disse.
Para Forzani, o prefeito Amastha praticamente não entregou moradias e o Programa Minha Casa Minha Vida foi só de retrocesso nos quatro anos da gestão do atual prefeito. "Praticamente não tem entregue nenhuma casa e existe milhares de moradias, do Programa Minha Casa Minha Vida, estão inacabadas e a Prefeitura poderia ter feito parceria com a Caixa Econômica para concluir essas moradias e não nunca fez. O programa foi um retrocesso total nesses últimos quatro anos de governo municipal", disse.
Enquanto a Prefeitura de Palmas entregou cerca de 300 casas na atual gestão do prefeito Amastha, a Prefeitura de Araguaína no atual mandato já entregou quase 6 mil e a Prefeitura de Gurupi, cidade quatro vezes menor que a capital, entregou quase 3 mil. Ainda como comparativo, na gestão passada do ex-prefeito de Palmas, Raul Filho, foram entregues 7.500 unidades habitacionais.
O deputado José Roberto Forzani disse que habitação é o que a população mais pede. "Por uma razão muito simples: quase metade da população não tem moradia. Somando um número muito grande da população que moram em casas inacabadas, incompletas. Somando quem não tem e quem tem inacabadas, dá mais da metade da população", afirmou.
O deputado afirma que, caso eleja-se prefeito, pretende executar parcerias com o programa MCMV, elaborando projetos para que os trabalhadores consigam construir suas moradias e ainda disse estar realizando estudo, sobre a criação de um programa próprio de moradia para apoiar as famílias carentes na melhoria e ampliação de suas casas. "A principal demanda da população de Palmas é a moradia e a execução da Prefeitura praticamente zero", disse.
Convenção
Forzani disse que haverá na convenção do próximo dia 20, a divulgação dos partidos que irão compor a articulação partidária que dará força à sua campanha e mais detalhes sobre o plano de governo. O deputado frisou que serão legendas do campo popular. “Que tenha compromisso e luta ao lado dos trabalhadores. Estamos com as negociações bastante avançadas. Tipo de governo e propostas que nós queremos”, frisou.
O deputado adiantou que o seu plano de governo é baseado na divisão de Palmas em territórios. “Nós vamos dividir o município em territórios. Esse é um princípio nosso do plano de governo. Nesse território, o serviço público implantado pela Prefeitura, terá altos resultados”. Segundo o deputado, os moradores de determinado território, deve encontrar ali todos os serviços essenciais para resolução de problemas, principalmente na Educação e Saúde. “Cada território desse terá sua equipe de saúde com capacidade para resolver os problemas. Da mesma forma na educação. Não queremos que nenhum aluno das creches, até a nona série, precise sair do seu território para poder estudar. Não queremos que nenhum idoso precise sair do seu território para ter acesso as políticas públicas que precisar”, disse. O deputado disse que essa medida será o norte, a base da gestão.
Saúde e Educação
Na Saúde e Educação de Palmas, na atualidade, o deputado Forzani disse que a gestão é ineficaz. Na Saúde, Forzani disse que será trabalhada no sistema de territórios. "Nesse território, a saúde terá que atender a toda a sua população, naquilo que é papel da saúde. O papel do município no Sus é Unidade Básica de Saúde e de média complexidade que são as policlínicas então os territórios terão esses serviços", afirmou.
Segundo o deputado, há um estrangulamento da Saúde de Palmas pois a Prefeitura não consegue atender especialidades. "Uma pessoa que deveria, que para marcar uma consulta, cardiologista, neurologista, acima de oito meses. Faz com que a população corra para o HGP (Hospital Geral de Palmas e nós precisamos da Prefeitura cumprir o seu papel e o estado cumprir o dele", afirmou.