Uma espécie de “boicote” tem ocorrido na Assembleia Legislativa do Tocantins nos últimos dias. Fato evidenciado por um comportamento recorrente entre a maioria dos deputados estaduais nas últimas semanas. Os parlamentares chegam a registrar presença no painel eletrônico da Casa no início da sessão, mas quando se aproxima o momento de votar a ordem do dia, o plenário é esvaziado, restando apenas alguns poucos deputados em número insuficiente para que haja quorum.
O motivo, uma “rixa” dos parlamentares com o deputado Delegado Rérisson (DC), por causa de um requerimento por ele apresentou cujo conteúdo assemelha-se muito a um outro requerimento de autoria de Luana Ribeiro (PSDB).
O requerimento apresentado por Rérisson no último dia 10 traz um anteprojeto de lei solicitando ao Governo do Estado regulamentação da Carreira Jurídica dos Delegados de Polícia Civil do Tocantins, através de Lei Complementar de iniciativa do Executivo Estadual.
De teor semelhante ao requerimento de Luana Ribeiro, a matéria gerou impasse entre os pares. Primeiro porque, de acordo com o regimento da Assembleia, no caso de dois requerimentos de mesmo teor, aquele apresentado por último resta prejudicado. Rérisson alegou que a colega sequer estava na Casa quando o requerimento dela foi protocolizado e estaria viciado em sua tramitação.
O requerimento de Luana foi apresentado no dia 2 de outubro. Após muito bate boca e desentendimento entre os parlamentares, o documento do deputado Rérisson foi incluído na pauta de votação no dia 23 de outubro, mas desde então os parlamentares têm esvaziado o plenário para evitar a votação.
Um assessor parlamentar comentou, “a impressão que está se tendo na Casa é de que os deputados compraram uma birra com Delegado Rérisson por causa da tramitação do requerimento”.
A sessão da tarde desta quarta-feira, 30, ainda não teve início. Os deputados estão reunidos na sala Vip do plenário. Os boatos são de que estariam tratando justamente da pauta de votação e a situação de esvaziamento do plenário nos últimos dias.