A Associação Tocantinense de Municípios (ATM) informou que discorda dos argumentos apresentados pelo presidente Jair Bolsonaro no discurso desta terça-feira, 24, a respeito do enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Em nota, o presidente da ATM, prefeito de Pedro Afonso, Jairo Mariano, disse ter certeza de que as medidas adotadas pelos prefeitos – fechamento de comércio, entre outras – são o melhor caminho no combate à doença.
Jairo Mariano informou ainda que, internamente, a ATM recebeu várias manifestações de repúdio por parte de gestores municipais ao pronunciamento de Bolsonaro. “Lançar um olhar ao cenário mundial é observar um fenômeno alarmante que onovo Coronavírus tem criado em dezenas de países, inclusive em nações com sistemas de saúde muito mais avançados e eficientes que o do Brasil. Logo a Organização Mundial de Saúde (OMS) expediu recomendações aos países, entre elas o confinamento de pessoas e regras rígidas para a circulação de seus indivíduos. As medidas têm respaldo científico e, por isso, foram adotadas por Governadores e Prefeitos, e preconizadas pelo Ministério da Saúde”, informou.
A associação esclareceu ainda que acompanha as medidas adotadas também pelo governo do estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, e que reconhece que as dificuldades financeiras nos próximos meses serão uma realidade. Entretanto, a entidade reconhece que o momento é de seguir as recomendações advindas da ciência. “Ficar em casa é a melhor maneira de combatermos um eventual ritmo acelerado de transmissão do vírus, ao dar tempo hábil ao sistema de saúde para ampliar as estruturas de recebimento e tratamento dos pacientes infectados”, finalizou Mariano.
Repúdio
O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Estado Tocantins (Sintras) também manifestou repúdio à fala do presidente da República. O sindicato falou em “desequilíbrio psicológico” por parte de Bolsonaro ao distorcer o cenário mundial da covid-19. “Infeliz na sua fala, o presidente Bolsonaro demonstrou a falta de conexão com o seu ministro da saúde, com a Organização Mundial da Saúde (OMS), além de todos os países que estão lutando com o mesmo objetivo”, repudiou.
A entidade teme um colapso na saúde pública caso estado caso a medida do presidente vir a ser determinada para todo o país. “Veremos grandes aglomerações de pessoas nas unidades de saúde dos Estados, como consequência da disseminação do novo vírus que já vitimou milhares de pessoas em todo o mundo”.
Comércio
Representando um dos setores que tende a ser o mais afetado pelas medidas restritivas de circulação de pessoas no Tocantins, a Fecomércio também comentou o pronunciamento presidencial.
Sem repúdios ou ataques, o presidente em exercício da Fecomércio/TO, Domingos Tavares, informou que entende que a saúde de consumidores e colaboradores das empresas “vem em primeiro lugar”.
“A Fecomércio está trabalhando para atuar em prol do empresariado tocantinense e está avaliando possibilidades e ações que ajudem a minimizar o impacto econômico que o c