O site e a versão impressa do Jornal Valor Econômico, referência na área de economia, finanças e negócios no Brasil, publicaram nessa quinta-feira, 21, uma reportagem sobre o Programa de Parcerias e Investimentos do Tocantins (Tocantins-PPI).
Na reportagem, a jornalista Taís Hirata entrevista o secretário de Parcerias e Investimentos (SPI), Claudinei Aparecido Quaresemin, sobre detalhes do programa e destaca que o Tocantins, mesmo em meio à pandemia da covid-19, planeja lançar um programa de desestatização ambicioso, com meta inicial de atrair R$ 9 bilhões de investimentos em rodovias, saneamento básico, energia solar, entre outros.
Segundo informou a reportagem, a concessão mais avançada é a de nove rodovias estaduais que, juntas, podem atrair R$ 5 bilhões em obras. A Assembleia Legislativa do Tocantins (AL/TO) já deu aval para a licitação e os estudos deverão ser contratados em breve.
“Além dos produtos locais, como a carne bovina, soja e milho, também queremos transportar a produção dos estados vizinhos. Temos a Ferrovia Norte-Sul que atravessa o nosso Estado, então queremos ser uma rota até o porto do Maranhão. A ideia é transformar Tocantins em um centro logístico”, afirmou o secretário Claudinei Quaresemin, ao Valor Econômico.
Outro projeto que a reportagem destaca que será incluído na carteira de PPI é a concessão da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS), que atende municípios no Estado. “O secretário afirma que chegou a conversar com o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] sobre a possibilidade de delegar a estruturação do projeto, já que o banco de fomento tem um programa voltado à desestatização de companhias estaduais de saneamento básico que tem sido elogiado pelo mercado”, informou o Valor.
Outras Concessões
A matéria do Valor Econômico também informa que o Parque Estadual do Jalapão (PEJ), terminais rodoviários, hospital infantil e de uma unidade prisional também estão na lista de concessões do Governo do Tocantins.
“O Estado planeja ainda criar mecanismos de atração de usinas solares fotovoltaicas. Como projetos de geração de energia são leiloados apenas no âmbito federal, a ideia é oferecer ao potencial investidor um contrato para fornecer energia aos edifícios públicos, que hoje gastam R$ 100 milhões por ano em eletricidade”, informou o Valor.
À reportagem, Claudinei Quaresemin afirmou ainda que o Estado pretende criar normas para fortalecer o órgão regulador por meio de uma nova legislação. “Será contratada uma consultoria e, em breve, teremos um projeto de lei para garantir que a agência será independente e forte”, concluiu.