A partir de 1º de julho, começa no Tocantins o período do vazio sanitário da soja, que segue até dia 30 de setembro. Sendo assim, os sojicultores estão proibidos de manter o plantio da oleaginosa em lavouras de sequeiro. A Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) estabelece esta medida como forma de prevenção e controle da ferrugem asiática, principal praga que ataca a cultura.
Durante todo esse período, a instituição realizará o monitoramento e a fiscalização no campo para garantir que não haja plantas vivas. “Orientamos ainda os produtores para eliminarem todas as plantas de soja voluntárias ou não, por meio de controle químico ou mecânico, esse processo de eliminação é de responsabilidade do proprietário ou ocupante da área”, explicou o gerente de Sanidade vegetal da Adapec, Marley Camilo de Oliveira.
Vale destacar, que conforme a legislação, o produtor que for notificado pela Agência, por manter a plantação de soja ou que não eliminar as plantas voluntárias estará sujeito a sanções previstas em lei.
“O vazio sanitário é uma importante medida de controle da ferrugem asiática, e por isso, a Adapec, mesmo em meio a pandemia da Covid-19 buscará meios de garantir a fiscalização ativa no campo para manter o controle desta praga e assim, evitar a proliferação do fungo para a próxima safra,” disse o presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha.
Na safra 2019/2020 foram cadastradas junto a Adapec mais de 1.600 propriedades e segundo dados da Conab foram cultivadas no Tocantins 1.070.000 hectares de soja, sendo 1.010.000 de soja sequeiro e 60.000 nas várzeas tropicais.
Plantio nas várzeas tropicais
De acordo com a legislação, fica autorizado durante o período proibitivo do vazio sanitário, apenas o cultivo excepcional de soja para fins de pesquisa e produção de sementes, nas áreas de várzeas tropicais sob sistema de subirrigação, que compreendem os municípios de Lagoa da Confusão, Dueré, Pium, Santa Rita, Formoso do Araguaia e Guaraí.
Ferrugem Asiática da Soja
É a principal praga que acomete a oleaginosa, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Ela dissemina rapidamente entre as plantações através do vento. Os maiores prejuízos causados é a redução da produtividade, já que causa desfolha precoce nas plantas, impedindo que os grãos de soja se formem completamente. O vazio sanitário é uma importante forma de prevenção da doença.