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Educação

Protesto é atribuído a pais de alunos e proprietários de escolas da capital (Foto: Divulgação)

Cadeiras escolares foram distribuídas em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Tocantins, na Praça dos Girassóis em Palmas, como forma de protesto pelo retorno das aulas presenciais nas escolas particulares da capital. O protesto desta terça-feira, 20, é atribuído a pais de alunos e donos de escolas.

As cadeiras foram colocadas em círculos, como em uma sala de aula. Em cada uma delas foi fixado um balão preto e colados cartazes com problemas de saúde atribuídos pelos manifestantes à ausência de aulas presenciais.

Também foram fixadas faixas de protesto. Em uma delas está escrito “a ciência manda abrir, a política manda fechar”.

De acordo com Enock Cabral de Lima, representante do grupo Pais pela Educação, que reúne cerca de 300 pessoas, o objetivo é pedir ao Poder Legislativo que aprove leis que reconheçam a educação como serviço essencial e a suspensão de decretos que proíbam a reabertura de escolas que já estariam preparadas para receber os estudantes. 

"Nas escolas públicas as crianças estão perdendo já o segundo ano de aula e nas escolas particulares, especialmente as de ensino infantil, estão absolutamente abandonadas e quebradas. Isso gera problemas sociais, emocionais e cognitivos em nossos alunos e também no mercado de trabalho, com desemprego, escolas fechando, empreendedores mudando de ramo", disse Enock.

No pior momento da pandemia, a Prefeitura de Palmas decidiu manter as escolas das redes pública e privada fechadas. As aulas ocorrem de maneira remota, mas segundo os pais, muitos estudantes que não se adaptaram ao modelo, ou que estão saturados das aulas à distância, estariam apresentando problemas de saúde.

Quando anunciou o plano de flexibilização das atividades não essenciais no início deste mês, a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) afirmou que as escolas não estavam incluídas no cronograma em um primeiro momento e que seria mantido o sistema remoto de ensino.

Até o momento a prefeitura da capital ainda não se manifestou a respeito da manifestação de pais e proprietários de escolas desta terça.

Cadeiras e faixas foram distribuídas em frente à Assembleia Legislativa (Foto: Divulgação)