Cerca de quarenta mulheres cientistas/pesquisadoras do Tocantins participaram, na manhã desta quarta-feira, 15, do “Café Mulheres na Ciência”, evento realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt) em alusão ao mês das mulheres.
A atividade, que simbolizou o reconhecimento do papel fundamental das mulheres na comunidade científica, tecnológica e inovadora do Estado, contou, ainda, com a significativa presença da secretária Estadual da Mulher, Berenice de Fátima Barbosa.
Na ocasião, a secretária e o presidente da Fapt, Márcio Silveira, iniciaram as tratativas de alinhamento de novos projetos que visam a ampliação do acesso e da permanência da mulher nas áreas da ciência, da tecnologia e da inovação.
Ambos entendem que este é um papel importante do Estado que, pela primeira vez, em 33 anos, tem apoiado os trabalhos CT&I por meio de editais, bolsas e infraestrutura.
“O investimento dedicado à mulher é muito importante para o desenvolvimento do Tocantins, que ainda é um Estado novo e precisa avançar muito. E o maior investimento que venho acompanhando é em educação. Sabemos que quando investimos em educação o resultado vem à tona. Vejo a iniciativa do governo do Estado, através da Fapt, que vem dando espaço para que as mulheres da ciência possam fazer ciência, como algo muito importante. E nós, como secretaria da mulher, queremos reforçar esse apoio e construir juntos”, pontuou Berenice de Fátima.
Mais de 46% dos pesquisadores apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins são mulheres, um percentual que supera os totais nacional e mundial. No Brasil, de acordo com o CNPq, as mulheres constituem 43,7% das pesquisadoras. Já no mundo, dados apresentados pela Unesco apontam que apenas 30% dos cientistas são mulheres.
“Os números de pesquisadoras no Tocantins são bons; os dados da Fundação estão acima da média mundial e brasileira, mas a gente não tem que se contentar, temos é que fazer diferente. Eu já tenho uma agenda com a secretária Berenice na próxima semana e vamos levar uma proposta de trabalhar um edital científico voltado às mulheres”, antecipou o presidente da Fapt, Márcio Silveira.
Para a pesquisadora Jocyleia Santana, o “Café Mulheres na Ciência” vai além do evento em si, mostra que as mulheres cientistas estão sendo vistas e valorizadas pelo governo do Tocantins.
“Neste momento singular, onde nós mulheres estamos em um processo de reconhecimento pela sociedade. A Fapt, juntamente com o Governo do Tocantins, reconhece as mulheres cientistas pesquisadoras. Nós sabemos que a região norte é a que tem o menor número de pesquisadoras na ciência, isso reflete na nação brasileira, nas pesquisas do CNPq, na CAPES e em pesquisas no Tocantins. Ou seja, para seguir mudando este cenário e seguir ocupando um lugar de destaque fazendo pesquisa, nós necessitamos de investimento, através de novos editais e incentivo. Este café vai além da socialização, tem um papel importante que é dar visibilidade a mulheres invisíveis, que são as mulheres pesquisadoras”, enfatizou Jocyleia Santana.