Parcela considerável da contaminação da água e do solo no meio ambiente são causados pela destinação inadequada de resíduos sólidos, até mesmo de materiais recicláveis. A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) começou a traçar o mapa estratégico de gestão para essa agenda ambiental no Tocantins.
O documento vai reunir demandas, prioridades, desafios e características específicas de cada região. Esses dados vão subsidiar a tomada de decisões da gestão e os esforços na busca de recursos, bem como a destinação de investimentos em projetos sustentáveis, a atração de empreendedores do setor de reciclagem e de destinação adequada de resíduos, para o Estado.
Em sintonia com o levantamento e atualizações de informações realizada nesta quarta-feira, 16, pela equipe da Diretoria de Planejamento de Saneamento Ambiental da Semarh, em reunião no início desta semana, o secretário Marcelo Lelis citou alguns modelos de projetos e empreendimentos que vem se destacando em outros estados e solicitou a análise técnica da potencial viabilidade de implementação nas respectivas divisões territoriais tocantinenses.
Na ocasião, Marcello Lelis falou de projetos que vem acompanhando, como o “Lixão Zero” do estado de Pernambuco, e recomendou atenção a análise de empreendimentos que atuam em eixos da reciclagem, a estruturação e destinação adequada de resíduos sólidos, por exemplo, os dedicados à coleta seletiva, às tecnologias de reciclagem de diferentes materiais, até mesmo o vidro, também lembrou dos aterros e do estudo de viabilidade logística do atendimento de grupos de municípios.
A diretora de Planejamento de Saneamento Ambiental da Semarh, Ellen Silvia Amaral Figueiredo, disse que a agenda ambiental dos resíduos sólidos é uma missão ampla, complexa, que demanda um trabalho minucioso e etapas bem planejadas. “A estrutura de gestão dos resíduos sólidos em cada região do Estado tem sua característica particular. Melhor que pensar em uma solução única será dispor de alternativas que atendam prioridades, com metas e avanços por etapas progressivas, para equilibrar a atenção a essa agenda em todos os municípios”, avaliou a diretora.
Ellen Figueiredo disse que alguns modelos de projetos sugeridos já estão em estudo e reiterou ainda que serão articuladas e realizadas visitas técnicas, para conhecer de perto a dinâmica de atuação e os resultados, tanto de projetos como de empreendimentos do setor. Ellen acrescentou que outros pontos serão levantados como a estimativa de investimento, a capacidade econômica, a captação de recursos e potenciais parcerias, cooperações técnicas, além das definições de metas e indicadores de resultados.
O objetivo da Semarh é auxiliar os municípios na formulação e implementação de políticas públicas, já que é de competência das prefeituras a gestão dos resíduos sólidos.