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Polí­cia

Foto: Luiz de Castro/SSP-TO

Foto: Luiz de Castro/SSP-TO

Policiais civis da 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Deic - Paraíso do Tocantins) deflagraram, nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, 11, a Operação Unfollow para cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas ligadas a um suposto grupo criminoso, nas cidades de Paraíso e Palmas. 

O delegado chefe da 6ª Deic, Antônio Onofre Oliveira da Silva Filho, ressalta que os investigados são apontados como responsáveis pela divulgação indevida de imagens íntimas de um líder religioso da cidade de Paraíso, que valeram-se de perfis de notícias em redes sociais, para acusar falsamente a vítima de crime não existente. 

“As investigações apontaram que um ex-membro de uma instituição religiosa, insatisfeito com a administração e com o sacerdote responsável, criou um perfil falso em redes sociais se passando por uma garota de programa. Por meio desse perfil, o indivíduo enganou a vítima, convencendo-a a enviar imagens íntimas. Posteriormente, essas imagens foram divulgadas em portais de notícias na internet com o objetivo claro de desmoralizar o líder religioso e a instituição à qual ele pertence. O autor ainda atribuiu falsamente ao líder a prática de um crime que nunca ocorreu”, destaca o delegado Antônio Onofre.

A ação policial faz parte da investigação que visa responsabilizar os envolvidos pelos crimes cometidos. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos endereços do suposto criador do perfil falso, residente em Palmas, e do suspeito de ser o responsável pela divulgação das imagens, que mora em Paraíso. Durante a abordagem, o criador do perfil falso confessou os crimes, segundo a polícia. 

O delegado Antônio Onofre ressalta que o caso está sendo tratado com seriedade pela Polícia Civil, que busca garantir a aplicação da lei e a reparação dos danos causados à vítima e à instituição. “A criação de perfis falsos em redes sociais, método utilizado para a prática dos crimes, não impediu a identificação dos responsáveis. Portanto, as medidas adotadas visam robustecer as informações já coletadas durante a investigação, as quais comprovam o envolvimento dos dois suspeitos, homens de 26 e 39 anos. Fica o alerta que esse tipo de conduta pode configurar diversas infrações penais, dependendo dos mecanismos utilizados e da finalidade por trás das ações”. 

Operação Unfollow

A Operação contou com o apoio da 5ª Delegacia Regional da Polícia Civil de Paraíso. “O nome da operação significa ‘deixar de seguir’ e está atrelado ao contexto criminoso, no qual algumas pessoas que integram a comunidade religiosa da vítima, descontentes com questões administrativas, cometeram os crimes como forma de vingança contra as lideranças da denominação”, explica o delegado regional e também titular da 63ª DP,  José Lucas Melo.

Após a análise do material apreendido (dispositivos eletrônicos) na Operação Unfollow e a verificação da participação de mais pessoas, o procedimento investigativo será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para adoção das medidas legais necessárias. “Os envolvidos responderão pelos crimes de divulgação de imagem íntima não autorizada e calúnia qualificada. Somadas, as penas chegam a 11 anos de reclusão”, conclui o delegado Antônio Onofre. (Com informações da SSP/TO)