O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) caiu 2,1 ponto em junho, para 96,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 0,5 ponto, para 97,9 pontos. É a maior queda registrada no ano, como confirma o economista do Instituto, Stéfano Pacini.
“Após um mês positivo, a confiança da indústria registra sua maior queda no ano. Apesar da leve melhora no nível dos estoques, observa-se uma demanda esfriada na maior parte dos segmentos entrevistados, mantendo aceso o alerta dos empresários sobre uma iminente desaceleração da atividade. Em relação ao futuro, o resultado sinaliza pessimismo da indústria quanto ao futuro dos negócios, apesar do bom resultado no ímpeto de contratações. Dado o ambiente macroeconômico complexo, o resultado da sondagem da indústria reforça a expectativa geral de desaceleração da economia e aumento da incerteza que, junto da política monetária contracionista, pode representar um cenário difícil para o próximo semestre.”, comenta Stéfano Pacini.
Em junho, os índices de confiança recuaram em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. O resultado reflete piora tanto nas avaliações sobre a situação atual como nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice Situação Atual (ISA) caiu 2,1 pontos, para 97,0 ponto e o Índice de Expectativas (IE) retrocedeu 2,2 pontos, para 96,5 pontos.