O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na Superintendência da Polícia Federal neste sábado, 22, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Na próxima próxima segunda-feira, a Primeira Turma do Supremo vai decidir se mantém ou não a prisão preventiva em sessão convocada pelo próprio ministro Moraes.
A prisão preventiva de Bolsonaro foi realizada em cumprimento a decisão do ministro, por conta da convocação de vigília pelo membro do clã, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), neste sábado, nas proximidades da residência onde o ex-presidente e chefe do clã Bolsonarovcumpre prisão domiciliar.
Segundo Moraes, a reunião poderia causar tumulto e até mesmo facilitar "eventual tentativa de fuga do réu".
O ministro do STF afirma ainda que o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou a ocorrência de violação do equipamento de monitoramento eletrônico de Bolsonaro na madrugada deste sábado.
Prisão Domiciliar rejeitada
Em decisão publicada neste sábado, Moraes rejeitou o pedido feito pela defesa do ex-presidente para concessão de prisão domiciliar humanitária ao réu e a autorização de novas visitas.
Os pedidos haviam sido apresentados nessa sexta-feira (21). Segundo os advogados, Bolsonaro tem doenças permanentes, que demandam "acompanhamento médico intenso" e, por esse motivo, o ex-presidente deve continuar em prisão domiciliar.
O pedido da defesa pretende evitar que Bolsonaro seja levado para o presídio da Papuda, em Brasília/DF. Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista, Bolsonaro e os demais réus podem ter as penas executadas nas próximas semanas.
Neste sábado, no entanto, Moraes decretou a prisão preventiva do ex-presidente e estipulou que as visitas devem ser previamente autorizadas pelo STF, com exceção da dos advogados e da equipe médica que acompanha o tratamento de saúde do réu. Com isso, Moraes considerou prejudicados os pedidos feitos anteriormente de prisão domiciliar humanitária ao réu e a autorização de novas visitas.
Está agendada para amanhã a audiência de custódia do ex-presidente. A defesa de Bolsonaro afirmou que irá recorrer da decisão. (Com informações da Agência Brasil)


