Policiais Civis do Tocantins realizam a partir desta segunda feira (24) uma paralisação de 24 horas. O movimento, organizado pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Tocantins (SINPOL) e Sindicato de Peritos Oficiais do Estado do Tocantins (SINDIPERITO), contam com apoio das federações FEIPOL CON e FEAPOL e buscam chamar a atenção do Governo do Estado para problemas que, segundo as entidades classistas, há anos se acumulam e que comprometem tanto o funcionamento da instituição quanto a saúde dos policiais civis.
Um dos pontos mais críticos segundo as entidades classistas é a falta de efetivo, já que o Tocantins está há mais de 11 anos sem realizar concurso público para recomposição do quadro. O déficit, segundo as entidades, tem levado ao adoecimento físico e mental de servidores que, há anos, trabalham acima da carga horária legal, assumindo jornadas exaustivas para não deixar a população desassistida. "Os próprios índices de redução da criminalidade refletem esse esforço extraordinário dos profissionais, que têm se desdobrado muito além do razoável" afirma o Sinpol em nota.
A categoria informa que a situação chegou ao limite. “Não nos orgulhamos de ter que suspender, mesmo que por 24 horas, serviços tão essenciais para a sociedade, mas, o governo tem demonstrado que não se preocupa nem com a Polícia Civil, nem com os cidadãos que dependem de um serviço forte e estruturado”, informa as entidades em nota.
Serviços Essenciais
Mesmo durante a paralisação, as entidades reforçam que serviços essenciais seguirão sendo prestados, em respeito à população tocantinense. “Nosso compromisso com a sociedade permanece inabalável”, pontuam.
Entre as principais reivindicações das entidades classitas estão:
- Realização de concurso público para recompor o efetivo;
- Condições dignas de trabalho e investimentos estruturais;
- Valorização profissional, com adequações nos Planos de Cargos e Carreiras (PCCS);
- Recepção da Lei Orgânica Nacional da Polícia Civil, que garante diretrizes fundamentais para a carreira.
As entidades destacam ainda que, há muito tempo, buscam soluções por meio do diálogo institucional. No entanto, o Governo do Estado, segundo as entidades, não apresentou qualquer proposta concreta capaz de atender às necessidades mínimas da categoria. “Chegamos até aqui após inúmeras tentativas de negociação. O movimento paredista não é opção, é consequência da ausência de respostas e da negligência com uma instituição essencial para a segurança pública”.
Medidas efetivas
A paralisação de 24 horas marca o início da mobilização. Caso não haja avanços, as entidades anunciam que darão início à Operação Legalidade, que seguirá dentro dos limites legais, mas ampliará a pressão por medidas efetivas.
A categoria reforça que seu objetivo é claro: uma Polícia Civil forte, estruturada e valorizada, capaz de oferecer à população um serviço eficiente, humano e continuado. “Para cuidar da sociedade, precisamos que o Estado cuide também de seus policiais”, defende as entidades em nota.

