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Palmas

Foto: Umberto Salvador Coelho
  • Auditório do Creci ficou pequeno para o evento - foto - Umberto Salvador Coelho
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A prefeitura de Palmas lançou na noite desta terça-feira, 27, no auditório do Conselho Regional de Corretores de Imóveis – Creci o Plano de Desenvolvimento Econômico da capital.

Elaborado pelo PhD em Economia Waldecy Rodrigues, o plano é uma parceria entre a prefeitura, sociedade civil organizada e iniciativa privada e tem metas audaciosas, como a de transformar Palmas em capital referência para o país. Para isto, analisa cenários possíveis nos próximos 12 anos e traça metas a serem atingidas independentes de quem ocupe o paço municipal durante o período.

O plano é constituído de um estudo detalhado que busca responder questões importantes como: as forças e fraquezas da economia de Palmas nos últimos anos; atuais níveis de crescimento; o que poderá ocorrer com a economia de Palmas com a adoção do plano no que diz respeito à geração de emprego e renda; o que deve ser feito para se alcançar um crescimento e desenvolvimento sustentável; quais as políticas públicas e projetos mais apropriados para melhor desempenho institucional.

O trabalho foi produzido em três etapas: elaboração do diagnóstico econômico da capital; elaboração de cenários futuros da economia; participação do plano visando à preparação da cidade para melhoria institucional e para o processo de crescimento e desenvolvimento. O estudo apresenta um levantamento minucioso baseado em dados do IBGE, RAIS – relatório anual de informações sociais e CAGED – cadastro geral de empregados e desempregados. Alguns dados apresentados mostram a pujança da capital.

No plano do crescimento econômico as estatísticas baseadas em fonte do IBGE mostram que Palmas apresenta um crescimento médio anual de 2005 a 2007 da ordem de 8,6%, contra os 3% apresentados de 2000 até 2004. Com relação ao país, o crescimento da economia brasileira no período foi de 4% e 1,7% respectivamente no início da década.

Na geração de empregos os dados também são otimistas. No período 2005/07 foram gerados em média 1.129 postos de trabalho com carteira assinada contra os 538 em média do início da década.

No que se refere às projeções futuras o estudo traça um cenário ideal em que o crescimento médio anual do PIB da capital a partir de 2009 até 2020 pode ser da ordem de 9,7%, chegando a 7,2 bilhões, um crescimento de 204,4% em relação a 2008.

Durante o lançamento do plano, o secretário de desenvolvimento econômico, Rubens Amaral, conclamou os empresários para que participem do planejamento. Ele disse que o plano é um guia para melhor orientar o empresariado local e de fora que pretenda investir na capital.

Na área do turismo Amaral lembrou que este ano a prefeitura está investindo 9,5 milhões na infra-estrutura da praia dos Buritis e no Centro de Convenções e que isto tem aumentado a geração de emprego e renda na cidade.

Já o prefeito Raul Filho em sua fala ressaltou a importância do planejamento urbano. Ele disse que a capital pecou muito na falta de pulso no ordenamento do seu crescimento, o que a levou a se tornar a cidade brasileira com maior custo de manutenção, devido aos seus grandes espaços vazios. Raul lembrou que a população de Palmas hoje está espalhada ocupando um espaço que é ocupado por cidades do porte populacional de Goiânia. “Se tivéssemos desde o primeiro momento com crescimento adensado, hoje nós teríamos seguramente a cidade entre as três com melhor qualidade de vida do Brasil”, disse.

Para Raul Filho o planejamento de Palmas deve ser repensado e reprogramado. Ele disse que a cidade está hoje com 200 milhões para investimentos, oriundos de recursos municipais, estaduais e federais, mas que estes recursos se perdem nos grandes vazios urbanos. O prefeito também cobrou maior participação da sociedade nas discussões de temas importantes para a cidade. Segundo ele a pequena participação não é por falta de comunicação, “temos feito muita comunicação na mídia”, disse.

Vocação Atacadista

Segundo o responsável pelo estudo do planejamento, Waldecy Rodrigues, Palmas tem muitos obstáculos a serem superados, “Palmas é a capital com maior custo de urbanização do país por causa dos vazios urbanos”, mas lembrou, “também tem muitas oportunidades de crescer”. Segundo ele o estudo detectou a vocação atacadista da capital.

Rodrigues também disse que é importante que os governos se preocupem com os vazios urbanos, com industrialização e também com a regularização fundiária.

Autoridades

A mesa foi composta pelos seguintes representantes: Jairo Soares Mariano, representando o presidente da Fieto, Paulo Machado; Cléber Noleto Maciel, presidente do Conselho de Economia do Tocantins; Sílvio Portilho da Cunha, presidente da CDL; Wilson Charles Souza, presidente da Associação Comercial de Palmas - Acipa; José Messias de Souza, superintendente da Caixa Econômica Federal; Rubens Amaral, secretário de desenvolvimento urbano de Palmas; representando o governador, Marcelo Cordeiro, subsecretário de indústria e comércio.

 

Umberto Salvador Coelho