Embora a aliança com o PMDB seja uma orientação das instâncias nacionais, alguns petistas presentes na reunião do partido não concordam com a determinação que deve ser oficializada no final do encontro. O indicado a vice-governador na chapa petista, membro do PT de Gurupi, Pedro Dias disse em entrevista ao Conexão Tocantins que não é a favor do partido abrir mão da candidatura do ex-prefeito de Porto Nacional, Paulo Mourão.
Para o petista, o partido tem todas as condições de seguir com a candidatura de Mourão e não coligar com o PMDB. “Vou respeitar a vontade do partido mas acredito que o partido tem condições de seguir com a candidatura”, afirmou.
Segundo Dias, seu posicionamento tem base no plano de governo do partido, discutido em alguns municípios antes da convenção. O petista diz ainda que recebeu com surpresa a notícia da possibilidade de desistência da candidatura.
O agropecuarista disse também na entrevista que não tem nada contra uma coligação com o grupo do ex-governador Siqueira Campos (PSDB). “Não existe resistência para conversar com a UT”, disse.
PT dividido
A ex-secretária municipal de Assistência Social, Maria Helena Brito Miranda também disse ao Conexão Tocantins que acredita na candidatura do partido. “Temos com certeza condições firmes e reais de termos a candidatura”, disse, completando ainda que a legenda tem todas as prerrogativas para não apoiar o PMDB.
Maria Helena lembrou também que o partido tem a influência e aprovação do presidente Lula, o que pode ajudar a crescer a candidatura de Mourão.
São 14 votos na executiva, mas outros membros do partido inclusive do interior participam também da reunião.
O coordenador estadual da tendência Democracia Socialista, Walter Balestra também informou que é contra. “Temos candidatura e precisamos seguir com ela, recuar jamais”, disse. Balestra vai votar contra a aliança com o PMDB.