Duas urnas eletrônicas do modelo 2009 (EU
2009) – que será utilizado nas eleições gerais de outubro –, foram aprovadas
pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Na terça e
quarta-feira (7 e 8), o Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto,
em São José dos Campos (SP), realizou uma bateria de testes de emissão
eletromagnética e ruídos nos equipamentos. Os resultados foram todos
satisfatórios e o INPE atestou que a UE2009 atende às normas nacionais e
internacionais de emissão eletromagnética, como a NBR/IEC 61000, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Foi checado, entre outros aspectos, se as ondas eletromagnéticas emitidas pelas
urnas poderiam causar interferências em equipamentos como o marca-passo, o que
não foi detectado. Os testes foram conduzidos pela equipe de engenheiros
especialistas do LIT/INPE e acompanhados pelo coordenador das atividades de
cooperação entre o INPE e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Antonio Esio
Marcondes Salgado, e por um representante técnico da Secretaria de Tecnologia
da Informação do Tribunal.
Segundo explica Salgado, as urnas eletrônicas – assim como todos os
equipamentos eletrônicos de uso pessoal, industrial ou militar –, devem ser
submetidas a testes de conformidade para certificar que não emitem sinais ou
ruídos que prejudiquem a saúde de seus usuários quando em funcionamento. De
outro lado, os testes também servem para assegurar que os equipamentos não
sofrem interferência de ruídos externos, gerados por motores, descargas
elétricas, máquinas, rádios e outros.
Testes de segurança
Em novembro de 2009, o TSE realizou testes de segurança no sistema eletrônico
de votação quando a urna eletrônica e os componentes de votação das eleições de
2010 foram colocados à prova. Trinta e sete especialistas em informática e
eletrônica tentaram atacar o sistema para encontrar algum tipo de
vulnerabilidade, mas nenhum dos testes obteve sucesso.
No entanto, o Tribunal premiou os melhores procedimentos com o intuito de
aproveitar suas conclusões no sentido de aperfeiçoar ainda mais o sistema de
votação. Isso porque, além de comprovar a inviolabilidade das urnas e componentes,
as equipes trouxeram contribuições de melhorias no aspecto tecnológico.
O vencedor dos testes foi o especialista em Tecnologia da Informação Sérgio
Freitas, que tentou violar o sigilo do voto por meio da captação de ondas
eletromagnéticas emitidas pelas teclas da urna durante a digitação. Mas, o
teste não obteve sucesso. O aparelho de rádio utilizado pelo investigador
somente conseguiu captar essa radiação a uma distância de cinco centímetros da
urna eletrônica, o que na prática torna inviável a violação, porque a urna
instalada na seção eleitoral fica necessariamente isolada e sob vigilância.
Da redação com informações da Assessoria de Comunicação do TSE