No próximo dia 3 de outubro, daqui a 9 dias, mais de 1,1
milhão de eleitores de 60 municípios de 23 estados brasileiros depositarão
votos na urna eletrônica para eleger seus representantes nos próximos anos, mas
com uma novidade: eles serão liberados para votar depois de serem identificados
por meio de suas impressões digitais. É a identificação biométrica, uma das
principais novidades destas eleições, implementada pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) com o objetivo de conferir ainda mais segurança e celeridade ao
pleito.
Três cidades pioneiras no uso da nova tecnologia participarão novamente da
votação nas urnas eletrônicas com leitores biométricos. Depois de passarem por
um recadastramento eleitoral, que colheu as impressões digitais dos cidadãos
aptos a votar, nas eleições municipais de 2008, os eleitores de Colorado do
Oeste (RO), Fátima do Sul (MS) e São João Batista (SC) experimentaram e
aprovaram a inovação. A expectativa é que até 2018 todos os municípios
brasileiros já realizem eleições com a nova tecnologia.
Extremamente segura – tendo em vista que um eleitor não poderá votar por outro
–, a votação na urna com leitor biométrico se dará da seguinte forma: depois de
apresentar o título eleitoral e um documento oficial com foto, o eleitor terá
sua identidade confirmada por meio do reconhecimento biométrico de sua digital.
Se houver dúvidas ou se a digital não for reconhecida, o mesário terá à sua
disposição a folha de votação com as fotos de todos os eleitores daquela seção,
à qual poderá recorrer para confirmação da identidade.
No Tocantins os municípios contemplados foram Pedro Afonso, Alvorada, Bom Jesus do Tocantins, Rio Sono, Talismã, Santa Maria do Tocantins e Figueirópolis.
Biometria
A palavra biometria designa um método automático de reconhecimento individual
baseado em medidas biológicas e características comportamentais, e o uso de
ferramentas biométricas tem proporcionado aos sistemas de segurança total
confiabilidade. A biometria com uso das impressões digitais está entre as mais
conhecidas e estudadas.
Todo sistema biométrico é preparado para reconhecer, verificar ou identificar
uma pessoa que foi previamente cadastrada. No caso das eleições gerais
brasileiras, as impressões digitais dos eleitores cadastrados foram coletadas
por um scanner de alta definição. No dia da votação, o leitor biométrico deverá
confirmar a identidade do eleitor, comparando o dado fornecido com todo o banco
de dados registrado nos programas da urna eletrônica.
Fonte: TSE