Por volta das 14h20 foi reiniciada a sessão extraordinária que consolidou a escolha da nova formação da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Dois candidatos disputam a cadeira maior do Legislativo tocantinense. Solange Duailibe (PT), pela oposição e Raimundo Moreira (PSDB) pela bancada governista.
A comissão de fiscalização do pleito foi formada pelos deputados Vilmar do Detran (PMDB) e Freire Junior (PSDB), por indicação das lideranças das bancadas. A função dos deputados é fiscalizar tanto a urna quanto a cabine de votação para evitar resquícios de fraude. Após a confirmação de lisura, deu-se prosseguimento à eleição.
Os deputados foram convocados nominalmente, por ordem alfabética, para comparecerem à urna. A primeira a votar foi Amália Santana (PT). Encerrou a votação o deputado Wanderlei Barbosa (PSB). A deputada procedeu com seu voto ao som de protestos por parte do público presente.
Os escrutinadores escolhidos pelo líderes da bancada foram os deputados Raimundo Palito (PP) pela bancada governista e Sargento Aragão (PPS) pela oposição. A função dos deputados é conferir o número de votos constantes na urna e conferir com o número de deputados presentes no plenário. Caso não haja diferença entre os números de votos e deputados, a apuração dos votos segue.
Depois de uma disputa acirrada e votação apertada, o deputado Raimundo Moreira levou a eleição para presidente da Casa.
O fato gerou grande estranheza na bancada de oposição que esperava uma votação empatada e vitória de Moreira nos critérios de desempate. Com isso, era esperado que a oposição levasse os demais cargos da Mesa Diretora.
Visivelmente exaltado, o deputado Sargento Aragão recontava aos votos, enquanto era questionado por Raimundo Palito. Aos berros Aragão esbravejou: “Eu não estou tentando nada! O senhor me respeite!”.
De acordo com Palito, o deputado Aragão estava, sim, com a intenção de revelar quem foi o deputado que mudou o voto. “Ele pegou os dois blocos de cédulas e disse: eu vou ver aqui quem foi o traidor”, completou.
Devido a grande confusão gerada após a apuração dos votos, a deputada Solange Duaillibe suspendeu a sessão por 10 minutos para conter os ânimos, causando a revolta dos deputados governistas que exigiam a posse imediata de Moreira.