Em entrevista ao Conexão Tocantins na manhã desta terça-feira, 12, o presidente do Sindicato dos Profissionais em Enfermagem do Estado do Tocantins (Seet), Ismael Sabino, comentou sobre os salários oferecidos pela Prefeitura de Gurupi no edital lançado no princípio deste mês para concurso público em diversos setores do município.
O fator que chamou atenção foi a baixa-remuneração também para os profissionais da área da saúde que, normalmente são os que possuem maiores vencimentos previstos em normas de certames. O presidente do sindicato considerou os valores de R$ 773,00, para enfermeiros e R$ 736,00 para técnicos em enfermagem, como absurdos e disse que pretende conversar com o prefeito, Alexandre Abdalla (PR) para tentar reverter a situação. “Isso está fora do contexto do piso salarial que nós pretendemos”, salientou.
Segundo Sabino, em São Paulo, por exemplo, o piso salarial para enfermeiros é de cerca de R$ 3,5 mil e de técnicos em enfermagem, R$ 2,6 mil. Valores muito distantes do proposto pelo prefeito de Gurupi no certame. Vale ressaltar que a realidade das cidades é totalmente diferente, mas a qualificação técnica para exercer a função é a mesma para ambos os casos.
“O piso salarial no Brasil, em relação ao que está sendo colocado, é um absurdo. Nós temos que conversar com o gestor para falar desse equívoco que são os valores apresentados”, completou.
Sindicato dos Médicos
Ainda na tarde de ontem, a presidente do Sindicato dos Médicos do Tocantins, Janice Painkow, já havia informado ao Conexão Tocantins que o sindicato recomendou aos associados que boicotassem o concurso municipal de Gurupi. De maneira mais contundente, a presidente do Simed frisou que as remunerações previstas para o certame são impraticáveis.
Segundo a representante dos médicos, ao apresentar valores tão baixos, a Prefeitura de Gurupi “desqualifica a saúde pública municipal”.