O I Simpósio Tocantinense sobre a Cultura da cana-de-açúcar, que acontece no município de Pedro Afonso, reúne representantes do Governo, empresários do setor, pesquisadores, estudantes e produtores rurais. O evento iniciou nesta quinta-feira, 8, e visa discutir as perspectivas do crescimento do setor canavieiro no Estado. Estão participando representantes do Governo, da Bunge Brasil, da Coapa – Cooperativa Agroindustrial do Tocantins, da Universidade Federal do Tocantins e da Faculdade Católica do Tocantins.
A primeira palestra do Simpósio, que acontece na sede da Coapa, foi ministrada pelo subsecretário de Energias Limpas, Ailton Parente Araújo, que chamou a atenção para o potencial de produção de cana-de-açúcar do Tocantins. “Um estudo da Embrapa comprova esse nosso potencial de instalação de mais de 20 usinas”, afirmou Ailton, acrescentando que “o Governo está atendo a esse potencial, porque essas usinas trarão emprego, renda e desenvolvimento ao nosso Estado”.
Em sua palestra, o subsecretário apresentou números que comprovam que o setor energético do Brasil tem uma das menores taxas de emissão de CO2, ao se comparar com outros países, em razão da utilização das energias renováveis – sendo uma delas o etanol. Atualmente, o etanol é a segunda fonte de energia do Brasil, com mais de 17%. O produto fica a frente das hidrelétricas e atrás apenas do petróleo, que continua sendo a principal fonte de geração de energia.
O vice-presidente da Bunge Brasil, Ricardo Santos, participou do Simpósio e apresentou uma palestra sobre “Abordagem atual e perspectivas econômicas do setor canavieiro”. Santos falou sobre a importância da produção da cana-de-açúcar no Brasil e relacionou a perspectiva atual da produção dessa cultura, concentrada em São Paulo, com o desenvolvimento econômico regional. “A Bunge acredita nesse setor [canavieiro] e por isso continua investindo, para produzir com custo baixo e continuar sendo competitivo”, assegurou Ricardo.
Ao falar sobre a unidade da Bunge Pedro Afonso, o vice-presidente sinalizou mais investimentos na região nos próximos anos, com um projeto de expansão de suas instalações no Tocantins. “Tenho muito otimismo com o desenvolvimento da produção de cana-de-açúcar no Brasil e com essa região de Pedro Afonso, que tem terras e clima favorável”, afirmou Ricardo Santos.
Também apresentou palestra na manhã do primeiro dia do Simpósio de Cana-de-Açúcar, o agrônomo e professor da Faculdade Católica do Tocantins, Tacaoca Muraishi, que falou sobre “Gênese e morfologia dos solos para o cultivo da cana-de-açúcar”. A atenção, segundo Muraishi, deve se voltar para uma das características dos solos tocantinenses – a profundidade, que por sua vez contribui com o desenvolvimento das raízes das plantas.
Os participantes do evento, ainda poderão assistir palestras sobre “Regionalização da produção da cana”, “Perspectivas”, “Aspectos climáticos”, “Mecanização”, “Nutrição mineral”, “Manejo e fertilizantes para a produção de canaviais”. O evento segue nesta quinta e está previsto para terminar na sexta-feira, dia 9. (Ascom Seagro)