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Sensibilizar os diversos agentes envolvidos com o problema do uso indiscriminado de agrotóxicos, seus prejuízos à saúde humana e conseqüentemente ao ambiente, é o principal objetivo do I Seminário Tocantinense sobre Agrotóxicos: os impactos na saúde e no ambiente, que será realizado nos dias 07 e 08 de dezembro no auditório da ATM – Associação Tocantinense de Municípios, em Palmas. A abertura do evento acontece na noite desta quarta-feira, 07, às 19h.

Hoje o Brasil é considerado o maior consumidor mundial de agrotóxicos, inclusive produtos que foram banidos em outros países. Nas lavouras brasileiras são usados pelo menos 10 produtos proscritos pela União Européia, Estados Unidos e até no Paraguai, segundo informação da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Esta realidade não é diferente no Tocantins que tem a agropecuária como uma das fontes de renda para o Estado.

Segundo o Diretor de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador da Sesau Sérgio Luis de Oliveira e Silva, os agrotóxicos afetam a população de diversas formas, desde a variação de consumo de alimentos contaminados a exposição ambiental, devido à proximidade com áreas de atividade agrícola ou de pecuária e também o uso de produtos no controle de endemias e pela exposição de trabalhadores na sua atividade laboral.

“Esse uso abusivo de agrotóxicos pode ocasionar problemas ligados à fertilidade, câncer, alergias, distúrbios respiratórios, cardiovasculares, hematológicos, gastrointestinais, do sistema nervoso, da pele e dos olhos. Por isso e necessário sensibilizar os profissionais de saúde da rede SUS para o diagnóstico, tratamento e notificação nos sistemas de informações de casos de intoxicação e exposição por agrotóxicos”, disse Sérgio.

De 2007 a 2011 foram notificados no Estado 762 casos de intoxicação por agrotóxicos. Destes 275 casos foram de exposição de trabalhadores ao agrotóxico.

Durante o seminário haverá palestras da médica e mestre em Educação, Raquel Maria Rigotto, do médico e doutor em Saúde Pública, Dr. Wanderlei Pignati, do biólogo e doutor em Ciência Animal, Dr. Fernando Ferreira Carneiro, do médico e doutor em Saúde Pública, Dr. Luiz Carlos Fadel de Vasconcellos e do engenheiro agrônomo e mestre em Agronomia, Paulo Rogério Gonçalves. (Ascom Sesau)