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Estado

Foto: Cristiano Machado Governador Siqueira Campos e comitiva tocantinense são recebidos pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha Governador Siqueira Campos e comitiva tocantinense são recebidos pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, prometeu ao governador Siqueira Campos que encaminhará à equipe técnica da pasta para avaliar o pedido do Estado de aporte financeiro de R$ 50 milhões do Governo Federal para o chamado teto de atendimento de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar. A proposta foi apresentada por Siqueira Campos em audiência no gabinete do ministro na noite desta quarta-feira, 31. “Encaminharemos o pedido aos técnicos para avaliação. Eles estarão em contato com o Governo do Estado e a gente vai atender no que puder ser feito”, afirmou o ministro.

Ao final do encontro, o governador Siqueira Campos disse estar esperançoso em ter a reivindicação atendida pelo governo federal. “Temos uma imensa expectativa e buscamos insistentemente a melhoria da saúde. O ministro se mostrou simpático e atencioso ao pleito do Tocantins e como a saúde é algo vital para o cidadão creio que a União não nos faltará”, declarou o governador.

Números

Durante a reunião a secretária de Saúde do Estado, Vanda Paiva, apresentou relatório com dados sobre atendimento, investimento do Tocantins na área da saúde e fez explanação sobre a necessidade do aporte. No documento, por exemplo, o Governo pede R$ 20 milhões para incremento de custeio de 19 hospitais do Estado, R$ 10 milhões para projeto de planejamento familiar e mais R$ 20 milhões destinados ao desenvolvimento de projetos para implantação das redes de atenção à saúde no Tocantins.

Para justificar o pedido, Vanda relatou que o Tocantins aplicou em recursos próprios nos últimos anos uma média anual de R$ 117 milhões no custeio de assistência ambulatorial e hospitalar. O montante, conforme o documento, representa 79% em relação ao total aplicado pela União anualmente, que é R$ 148 milhões. Ainda conforme o relatório, quando se incluem os recursos humanos a média anual sobe para R$ 3377 milhões e o montante passa a representar 228% em relação ao total aplicado pela União anualmente, que é de R$ 148 milhões. “Isso prova que o Estado tem complementado o custeio federal”, aponta o levantamento.

Outro dado apresentado pela secretária foi que 93,3% da população do Estado depende totalmente do SUS (Sistema Único de Saúde), diferente de outros Estados. Vanda Paiva relatou também que 88,5% dos atendimentos hospitalares e ambulatoriais de média e alta complexidade são atendidos nos hospitais estaduais. “E o Tocantins fica sobrecarregado porque atende ainda pacientes do sul do Pará e sul do Maranhão”, explicou a secretária ao ministro.

Vanda também incluiu no relatório estatística que aponta o Tocantins como o segundo Estado do Brasil no ranking de aplicação de recursos próprios em saúde. “São 18,72% em ações e serviços restritos da saúde. Em 2012 já ocorreu a aplicação de 18,28% de janeiro a setembro”.

Acompanharam o governador na audiência a senadora Kátia Abreu (PSD), o deputado federal Eduardo Gomes (PSDB) e os secretários de Estado do Tocantins: senador Vicentinho Alves (Assuntos Legislativos) e Flávio Peixoto (Representação em Brasília) (Secom).