Após retornar das férias, o governador Siqueira Campos fez uma retrospectiva sobre sua gestão em 2012, avaliando investimentos, obras e projetos executados e os problemas financeiros enfrentados pelo Estado com a redução do FPE – Fundo e Participação dos Estado e falou sobre as perspectivas para 2013.
Segundo o governador, no que diz respeito às dívidas do Estado, já houve uma renegociação. “Já nos reunimos com empreiteiras e credores do Estado e tudo aquilo que era justo e certo eu procurei atender e cumprir estas obrigações e ficamos numa situação razoável, não boa por causa da falta que faz os R$ 300 milhões do FPE, que era uma receita que atendia vários projetos”, afirmou, enfatizando que a não realização de inúmeras ações que eram previstas para o ano passado não aconteceram em função disso. “Como não tínhamos estes recursos adiamos a realização destes projetos para 2013 e 2014”, explicou.
A realização das obras adiadas para este ano, segundo o governador, deve acontecer tão logo o STF - Supremo Tribunal Federal se pronuncie a respeito da ação impetrada pelos Estados que ficaram prejudicados com a falta de recursos. “A pior coisa na vida de uma instituição é a incerteza e estamos convivendo com este quadro. Não podemos ficar sem definição, porque como o Estado vai manter o seu funcionamento com cobertura das necessidades do povo como educação, segurança pública e outras? Queremos saber com o que podemos contar”, enfatizou.
Apesar das dificuldades, o governador destacou que “nos dois anos passados fizemos mais obras que os antecessores em seus oito anos. Estamos fazendo uma belíssima estrada que liga Porto Nacional à TO-080, que está sendo feita de forma célere e vamos inaugurar em pouco tempo. Também fizemos pontes como a da Barra do Ouro, que só estava realizada 30% da obra e não tinha mais dinheiro para a continuação; a de Lajeado recebemos com menos da metade concluída e já entregamos. Fizemos acessos, operação tapa buracos e recapeamentos e estamos com o exército que vai tomar conta das estradas do Sul. O lado positivo disso é que com eles não é preciso fazer licitação e o grande imbróglio das obras é a burocracia que emperra as ações” destacou.
Ainda no balanço, Siqueira Campos destacou as mais de 500 obras só na área da educação. “Entregamos centenas de ambulâncias que não são obras, mas que são benefícios, 160 ônibus escolares, computadores ao professorado e tablets para alunos. Então procuramos fazer tudo o que foi possível fazer, inclusive na saúde, que hoje é um dos setores mais privilegiados em entrega de recursos. Gastamos o que nenhum governo de Estado no Brasil investe em saúde. Assim também fazemos na educação”, disse.
Para o ano de 2013, o governador afirmou que o Estado seguirá em “rumo certo e seguro, com decisões corretas e assentadas naquilo que é certo e honesto e que é o nosso dever. Para este ano o tocantinense pode esperar mais rodovias, pontes e tudo o que ainda falta para completar a malha viária de nosso Estado, e isso será feito com todo os recursos que conseguimos graças ao resgate da credibilidade do Tocantins junto às instituições financeiras”, finalizou.