Acontece nesta quarta-feira, dia 26, a partir das 17 horas, em Palmas, a Marcha das Vadias. A concentração será feita na Praça dos Girassóis de onde os manifestantes sairão para a entrega de um documento com reivindicações de melhorias para Palmas.
Dentre as pautas de defesa, além da liberdade sexual da mulher, são levantadas bandeiras como a luta por mais políticas públicas para conter todas as formas de violência contra a mulher, entre elas o estupro, pois segundo o movimento, a culpa do estupro é do estuprador, nunca da vítima. O movimento reivindica ainda delegacias em funcionamento 24 horas e aos finais de semana, legalização do aborto entre outras questões.
Coordenada pela Casa Oito de Março e parceiros, a terceira edição do evento pretende, como nas edições anteriores, reunir um grande número de pessoas pela luta em defesa dos direitos das mulheres, abordando, ainda assuntos como a cura gay e estatuto do nascituro, considerados importantes para o debate com a sociedade.
Dados de Violência
O demonstrativo de Ocorrência de Violência Contra a Mulher mostra que, entre janeiro de 2011 e outubro de 2012, foram registrados um total de 2533 ocorrências de violência contra a mulher, somente na cidade de Palmas.
Já este ano, durante os primeiros seis meses, foram registrados 39 homicídios, 53 tentativas, 995 lesões corporais e 209 estupros no estado do Tocantins. Fora os casos que deixam de ser registrados pela vítima, por vergonha ou medo.
Porque Marcha das Vadias
A Marcha das Vadias surgiu no Canadá quando um policial se dirigiu a uma mulher que vestia minissaia em um evento e disse: "se as mulheres não se vestissem como vadias não sofreriam violência". O fato deu origem à centenas de marchas por todo o mundo, sendo reconhecido como evento pela liberdade da mulher, sua não discriminação e proteção às vitimas de violência.