O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Tocantins entrou com uma ação judicial premonitória na 5ª Vara Cível de Palmas, de responsabilidade do juiz Lauro Augusto Moreira Maia visando resguardar os servidores no que refere a segurança durante o exercício da profissão dentro dos hospitais.
Através do processo de nº 0001362-83.2014.827.2729, o sindicato notifica o Estado como corresponsável dos fatos ocorridos com os profissionais de saúde.
De acordo com o presidente do Sintras, Manoel Miranda, o sindicato vem, há muito tempo, tentando buscar junto ao Estado a solução para o problema que vem a ser de ordem social, o que atinge não só os servidores estaduais da saúde, mas a sociedade em geral, que é a falta de segurança pública. “O problema toma proporções quando transpomos esta insegurança para dentro das unidades de saúde, afetando não só os profissionais, como também os pacientes, acompanhantes e todos que buscam nas unidades um atendimento hospitalar ou ambulatorial”, ressalta Manoel Miranda.
Na ação, o sindicato expõe que a violência muitas vezes é consequência do estado emocional e psicológico do paciente ou do seu acompanhante pela ausência de uma solução imediata (quer pela falta de carência de profissionais, quer pela ausência de medicamentos, leitos, equipamentos adequados, etc,..) e resolvem partir para violência verbal e em algumas situações chegam a agredir fisicamente os profissionais, em atitudes de desespero ou mesmo por má conduta.
O Sintras quer que haja uma efetiva vigilância e segurança contra agressões físicas, antes que algo de mais grave ocorra dentro dos ambientes de trabalho. Não são poucos os casos ocorridos em todo o Estado, e o sindicato observa que esse tipo de violência que sofre os profissionais não pode ser considerado caso isolado, ou pontual, mas sim, um problema estrutural de segurança pública ineficaz decorrente de uma política pública deteriorada. Casos como tentativa de estupro, homicídios, pacientes esfaqueando outro paciente dentro do próprio hospital acontecem nas unidades hospitalares de todo o Estado.
A última situação que define essa falta de segurança e que deixou os profissionais preocupados foi o tiroteio que ocorreu no Hospital Geral Público de Palmas, no dia 18 deste mês. Além de pequenos furtos e roubo de celulares, bolsas tanto de pacientes como dos profissionais. Sem contar que os servidores deixam seus veículos nos estacionamentos e quando terminam seus plantões não encontram mais sua moto ou carro, destacando casos ocorridos no HGPP no ano passado.