Ao todo, 22 cães fazem parte da corporação da Polícia Militar no Estado. Pertencentes às raças pastor belga malinois, pastor alemão, labrador e rottweiler, os cães atuam nas missões de captura dos acusados em ocorrências de roubo, furto, consumo e tráfico de drogas e na identificação de substância explosivas. Entre outros ilícitos nos quais sua intervenção seja necessária, tanto para agilizar ações como para avançar nos resultados.
O serviço de operação com cães treinados funciona em duas unidades: no Pelotão Canil, na sede do 1º Batalhão da PM, na capital, com um contingente de 16 animais; e outro em Gurupi, com seis unidades.
De acordo com o comandante do Grupo Operacional com Cães da PMTO, tenente Guinomar Dias, o pelotão é mobilizado para agir nas barreiras das entradas e saídas de Palmas e Gurupi, em operações como as relacionadas a furtos, perseguição a traficantes de drogas ou roubos a bancos. Também colaboram nas solicitações da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Guarda Metropolitana de Palmas (GMP), além de serem atrações para crianças e adolescentes em palestras dos policiais a alunos nas escolas da rede pública, cuja presença do Grupo de Operações com Cães é solicitada. “Os animais já foram decisivos em várias operações no Estado”, ressalta o comandante.
Treinamento
“Um grupo de cães trabalha o faro para averiguação de armas, entorpecentes e narcóticos; já outros se atem à detecção de substâncias explosivas. As intervenções em que cães do pelotão participam são frequentes, e o treinamento tem que ser diário”, expõe o tenente.
Os primeiros passos se dão em caixas de madeira, uma ao lado da outra, contendo uma pequena bola com orifício de entrada do tamanho da cabeça do animal, para ele identificar pelo faro a diferença de odores e cheiros impregnados nelas.
Normalmente a fase de treinamento se dá quando o animal tem de três a quatro meses de idade e prossegue até por volta de 18 meses de vida. A seleção é feita pelo grau de faro que o cão apresenta. É dada preferência àquele que apresenta característica brincalhona, comportamento acelerado e, essencialmente, de olfato considerável, ou de “driver alto”, na linguagem de quem lida no pelotão.
Flecha, cadela de qualidades testadas, convive no canil. Ela esteve na guarnição em 2011 quando a PM localizou e deteve os integrantes de uma quadrilha de roubo a banco numa operação realizada durante 12 dias na região de Taguatinga, sudeste do Estado. Na ocasião, o animal foi alvejado na região lombar por disparo feito por um dos membros da quadrilha. Removida para Palmas, ela foi submetida à cirurgia e se recuperou. (ATN)