Embora o tema proposto fosse a sustentabilidade, a pauta política dominou a entrevista coletiva que a ex-ministra do Meio Ambiente, ex-senadora e atual candidata a vice-presidente de Eduardo Campos pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro) concedeu à imprensa em Palmas nesta última quarta-feira, dia 7, no campus da UFT (Universidade Federal do Tocantins).
Marina afirmou que não quer transformar a campanha eleitoral em “embate” mas sim em “debate”. Segundo ela o povo já está cansado do embate político, “que é destrutivo, como vimos nas últimas eleições. Todo brasileiro está farto dessa briga pelo poder, sem propostas sérias. O que eu quero é um mundo e um Brasil melhores. Por exemplo, se o governo aumenta a verba para a educação, eu sou favorável. Temos que assumir posição no mérito das questões e não ficar chafurdando na lama”, enfatizou.
Marina disse também que a sociedade brasileira está atenta ao que acontece no País e citou o caso de denúncias e investigação de corrupção na Petrobras. “Corrupção é problema do povo, e não desse ou daquele governo, governante ou partido político. Problemas como segurança pública, transporte coletivo, saúde e educação sem qualidade e uma infraestrutura de transporte que nos faz perder 30 por cento da safra a cada ano, são da sociedade, e isso só vai mudar quando ela (a sociedade) tomar essa responsabilidade para si”, afirmou a ex-senadora.
Falando ainda sobre as eleições presidenciais deste ano, Marina Silva disse que “não quer ganhar perdendo, tendo que vender sua alma” e que o objetivo é preservar as conquistas (de governos anteriores) e corrigir os erros.
Quanto à crescente influência do agronegócio na política brasileira, ela afirmou que esta “é uma discussão enviesada, já que a função do Estado é não privilegiar ninguém, mas sim, tratar igualitariamente todos os setores da economia e da sociedade em geral”, disse.