Sempre preocupado com o bem estar da população, o Governo do Estado vem discutindo com os municípios estratégias de vigilância para conter a transmissão da febre chikungunya. Esta se trata de uma doença viral, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti e Aedes Albopictus, os mesmos transmissores da dengue. A doença é de origem africada e tem migrado para o Brasil. Os estados da Bahia, Amapá, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais já tem casos notificados.
Diante da possibilidade da doença chegar ao Tocantins, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) elaborou um Plano de Contingência que estabelece níveis de detecção, em tempo adequado, de manejo ambiental. “Nós ainda não temos casos notificados da doença, porém o nosso trabalho é alertar aos municípios para que os serviços de saúde estejam conhecendo o que é a doença, sabendo como é a epidemiologia, para assim que receber o paciente seja notificada a suspeita”, explica Christiane Bueno, gerente de Dengue, Febre Amarela e Febre Chikungunya da Sesau.
Christiane ainda destaca o risco potencial da doença chegar ao Estado, visto que 138 municípios tocantinenses tem a presença do vetor aedes aegypti e que 108 cidades tem a presença Aedes Albopictus, totalizando 100% de infestação pelos dois mosquitos.
Sintomas
Os sintomas da febre chikungunya e os da dengue são semelhantes. Na fase aguda da chikungunya, a febre é alta, aparece de repente e vem acompanhada de dor de cabeça, dor muscular, erupção na pele, conjuntivite e dor nas articulações. Esse é o sintoma mais característico da enfermidade: dor forte nas articulações, tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora. Ao contrário do que acontece com a dengue (que provoca dor no corpo todo), não existe uma forma hemorrágica da doença e é raro surgirem complicações graves, embora a artrite possa continuar ativa por muito tempo.
O tratamento contra a febre chikungunya é sintomático, com uso de analgésicos e antitérmicos, e sempre manter o doente bem hidratado. Já a prevenção, consiste em adotar medidas simples no próprio domicílio e arredores que ajudem a combater a proliferação do mosquito transmissor da doença. (ATN)