A previsão indica que o ano de 2015 será complicado política e administrativamente com reflexos na economia, o que afetará a estabilidade social e a vida dos brasileiros.
Entretanto, o quadro sombrio pode ser revertido, dependendo do entendimento dos governantes e do esforço das instituições e da sociedade civil organizada.
O mau prenúncio começa exatamente pelo governo e sua atuação devido à falta de credibilidade, indecisões na tomada de medidas econômicas, isolamento e descompasso na política externa, inflação (visivelmente camuflada) ameaçando se acentuar, comprometimento na geração de empregos e a corrupção que continua grassando.
Há necessidade de se construir uma nova imagem do país em 2015 e para isso será necessária vontade política de se estabelecer um amplo pacto nacional honesto, sincero e participativo envolvendo o governo e as forças vivas que representam a sociedade.
É imperioso que se adote uma postura, seja pacto ou outra denominação, em que se coloque o Brasil acima de tudo, que se estabeleçam propósitos de esforço coletivo e determinismo para pensar grande em torno da unidade nacional, em torno do País.
Caberá ao governo estabelecer e cumprir metas políticas e econômicas, incluindo redução dos gastos públicos, eficiente controle da inflação, ataque frontal e permanente à corrupção, especialmente no serviço público.
Ao Congresso Nacional cabe exercer sua função constitucional focado em projetos, propostas e atuação em torno de um consenso positivo; que a oposição faça seu papel fiscalizador sem intenção negocista nem do “quanto pior melhor”, colaborando com o governo na construção de uma agenda positiva, visando à sociedade como um todo.
Que as classes trabalhadoras, por suas entidades representativas, entendam que período de crise é sempre maléfico, e que tratem de adotar prudência e moderação nas reivindicações, muitas vezes exageradas. Crise representa perdas, inclusive de empregos.
Que 2015 seja o ano de uma nova fase de moderna visão para o Brasil; que fique marcado pela exemplar punição dos corruptos e corruptores – políticos, funcionários e empresários formados em verdadeiras quadrilhas. Este fato representará vitória na luta contra a corrupção institucionalizada e, mais que isso, será a afirmação da justiça para acabar com a impunidade que estimula a prática criminosa.
Haverá, então, a esperança de um novo tempo para o Brasil, Nação continental, país rico que pode e deve ser uma das primeiras potências mundiais, pois potencialidades não faltam em área, clima, riquezas naturais e povo trabalhador.
Tudo está ao nosso favor, tudo depende somente de nós mesmos...
* Luiz Carlos Borges da Silveira é médico, ex-ministro da Saúde, ex-secretário de Ciência e Tecnologia do Governo do Estado do Tocantins e ex-secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Emprego do Município de Palmas-TO