Representando a Assembleia Legislativa, os deputados portuenses Valdemar Júnior (PSD) e Paulo Mourão (PT) participaram na noite dessa terça-feira, dia 31, em Porto Nacional, da audiência pública que debateu soluções para a precariedade da ponte sobre o rio Tocantins localizada naquela cidade. Promovido pela Câmara Municipal de Porto, o evento foi solicitado pelo vereador Ivan Casca Preta (PTN) por meio de requerimento aprovado em setembro de 2014.
A sonhada recuperação da ponte se arrasta desde 2011, quando sua fragilidade foi descoberta. Dados técnicos recentes garantem que a obra não suporta peso acima de 30 toneladas. Isso vem impedindo o transporte de grãos e outros produtos que saem e chegam à cidade. Conforme relataram o secretário estadual de Infraestrutura, Sérgio Leão, deputados, vereadores e demais debatedores, até o momento da audiência nenhum serviço de reforma tinha sido realizado.
A principal reclamação da comunidade e de produtores incide sobre a impossibilidade de escoamento para a ferrovia Norte-Sul e BR-153 da produção colhida em Porto Nacional e região. “A terra é produtiva; temos a BR-153, a ferrovia Norte-Sul, mas o acesso a essas vias está impossibilitado dada a fragilidade da ponte que interliga os referidos escoadores”, lamentou Valdemar Júnior.
Os parlamentares presentes ao encontro garantiram que o governo estadual está empenhado na busca de soluções. Para isso, afirmaram que o Estado pretende adquirir orçamento por meio de empréstimos nas instituições financeiras nacionais e internacionais, sob a alegação de que o tesouro não dispõe de recurso próprio para investir na obra.
Outra aquisição de recursos sugerida se dará através de emenda da bancada federal ao Orçamento da União, alternativa que só poderá ser proposta para o orçamento de 2016. Na opinião de Sergio Leão, a reforma da ponte não é compensativa, pois o Governo trabalha com a proposta de construir uma nova ponte ao lado da velha estrutura.
Segundo projeto elaborado pela gestão anterior e mantido pela atual, uma nova construção será orçada em R$ 150 milhões. A previsão de tempo para entrega da referida obra, que tem mais de mil metros de comprimento, é de três a cinco anos. Os parlamentares e o secretário foram bastante questionados por vereadores e populares sobre a urgência da recuperação, uma vez que os defeitos foram detectados há anos. (