A coleta por aférese, também conhecida como doação automatizada, completa no próximo dia 10, um ano de implantação no Tocantins. Nessa modalidade, a máquina extrai parte das plaquetas do doador e depois devolve o restante de hemocomponentes. No entanto, o tempo de vida das plaquetas é curto: de 5 dias. Para isso, o Hemocentro tem sensibilizado e chamado a população para a doação por aférese.
Através das modalidades de plaquetas produzidas por aférese e doação de sangue total, o Hemocentro vem melhorando os estoques e buscando atender todos os pacientes que precisam de plaqueta.
De acordo com a enfermeira responsável pela doação por aférese, Maica Guerra, a vantagem é que agora os doadores têm capacidade de ajudar a salvar mais vidas. “A gente potencializa a capacidade do doador nos ajudar e atender às demandas das necessidades dos serviços”, enfatizou.
Neste tipo de coleta, o doador passa de 60 a 90 minutos no Hemocentro e a enfermeira afirmou que a doação é segura. “A máquina faz a extração, a separação de plaquetas e a devolução. Então, todo o método é bastante simples e seguro”, afirmou.
As coletas por aférese são feitas mediante agendamento prévio, de segunda a sexta-feira, sempre 8 e 10 horas, pela manhã; e a tarde, às 14 horas. O doador pode fazer até quatro doações por mês, em um intervalo de 48 horas; porém, com limitação de até 24 doações por ano. “Nosso serviço trabalha com demandas, então, sempre temos pacientes precisando de plaquetas. Sempre fazemos o contato com os doadores e agendamos dia e horário. É importante que mais pessoas venham doar, tendo em vista o tempo curto de vida das plaquetas e as demandas de pacientes”, disse Maica Guerra.
A responsável pelo setor de captação de doadores do Hemocentro, Denis Gomes, reforçou essa necessidade de mais pessoas fazerem a doação de plaquetas por aférese. “Não deixamos de atender pacientes por falta de hemocomponentes. Têm pacientes que precisam de plaquetas e pacientes que precisam de hemácias. Em razão da alta demanda, precisamos sempre de doadores”, afirmou.
Cleiber Alves Abudd, 45 anos, é doador há mais de 20 anos, mas esteve no Hemocentro do Hospital Geral de Palmas (HGP) para doar sangue especificamente para a filha de um amigo. “Quando as máquinas chegaram ao HGP, me ofereci para ser um doador por aférese. Hoje, tenho oportunidade de ajudar a filha de um amigo, a Sophia. Espero que mais pessoas sejam voluntárias, pois sabemos que existem mais pessoas precisando”, ressaltou.
Paulo Vitor de Sousa Silva, 22, fez a doação de plaquetas por aférese pela primeira vez. “Recebemos instruções dessa modalidade de coleta em uma campanha da igreja e achei interessante. Aceitei o convite e fui convocado para estar aqui hoje. Com certeza doarei mais vezes. Para nós que estamos doando é um gesto simples, mas muito significante para a pessoa que está recebendo”, lembrou.
Critérios
Para ser um doador de plaquetas por aférese, é necessário ser doador regular de sangue, tendo feito, no mínimo, duas doações nos últimos 12 meses; ter disponibilidade de tempo e bom acesso venoso. Além disso, é preciso atender aos demais critérios estabelecidos para doação de sangue: apresentar documento com foto emitido por órgão oficial e válido em todo território nacional, pesar acima de 50 kg, ter entre 16 e 69 anos de idade e estar em dia com a saúde, repouso mínimo de 6 horas na noite anterior, não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores, evitar fumar por, pelo menos, 2 horas antes da doação e evitar ingerir alimentos gordurosos. (Secom-TO)