Bancários em greve e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) reúnem-se nesta terça-feira, 20, para negociar o fim da greve. A reunião, fechada, ocorrerá a partir das 16h, no Hotel Maksoud Plaza, na capital paulista.
Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a reunião foi convocada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Os bancários estão em greve há 15 dias. Ontem, segundo a Contraf-CUT, 12.496 agências e 40 centros administrativos paralisaram suas atividades nos 26 estados e no Distrito Federal. "Nossa expectativa é que eles saiam daquela linha de um reajuste muito abaixo da inflação, com abono, pois sabemos que é prejudicial para a carreira dos bancários e das bancárias. Nós queremos a reposição da inflação, mais ganho real. Isso é o que todo bancário e toda bancária, que estão há 14 dias de greve, desejam ouvir amanhã”, disse Roberto Von Der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.
“Os bancos são um dos setores mais lucrativos do país e podem melhorar o que apresentaram aos trabalhadores. Já sabem que sem reajuste digno, valorização do piso, dos vales, da PLR e melhoria nas condições de trabalho, a campanha não se encerra”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. Segundo o sindicato, 881 locais de trabalho de sua base estavam parados ontem. O sindicato estima que 25 mil trabalhadores de São Paulo e região estão parados.
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 16% [o que inclui reposição da inflação mais 5,7% de aumento real], participação nos lucros e resultados (PLR) equivalente a três salários mínimos mais R$ 7.246,82, melhores condições de trabalho, fim das demissões, entre outros. A proposta feita pela Fenaban, apresentada no dia 25 de setembro, era de um abono no valor de R$ 2,5 mil para todos os bancários e um índice de reajuste dos salários e benefícios de 5,5%. (EBC)