Terminou sem encaminhamentos, na tarde desta quinta-feira, dia 26, a audiência pública sobre a convocação dos aprovados nos concursos da Polícia Militar, Civil e Defesa Social. Pressionado por representantes dos aprovados e candidatos classificados sobre um cronograma de chamada, o secretário da Segurança Pública, Cesar Simoni de Freitas, declarou não dispor de recursos financeiros para a medida, mas disse esperar que, até o fim do primeiro semestre de 2016, os aprovados sejam chamados para iniciar os cursos de formação.
O secretário lembrou que, no orçamento aprovado, em março deste ano, não havia previsão orçamentária suficiente para as demandas da área. Ainda na reunião, a deputada Luana Ribeiro (PR) prometeu destinar recursos de emendas parlamentares para apoiar a convocação dos concursados.
Em seus pronunciamentos, os representantes dos aprovados apresentaram números para questionar a alegação de que a crise financeira impede as convocações. Segundo Rui Abraão que discursou pelos aprovados da Defesa Social, o que o governo gasta com agentes cedidos pela Polícia Civil na Defesa Social daria para chamar 960 candidatos. “Dinheiro tem, o problema é a gestão”, concluiu Abraão.
Já o representante dos “excedentes” da Polícia Militar, candidatos aprovados mas que não entraram no número de vagas disponíveis nos certames, Wiliam Xavier Lopes, citou os casos dos estados do Maranhão e de Goiás, onde os classificados teriam sido convocados. Em nome da Polícia Militar, a tenente Valéria Bento disse que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) se manifestou contrária à ideia por “falta de amparo legal”.
Realizada no auditório da Assembleia Legislativa durante reunião da Comissão de Administração desta Casa de Leis, o evento foi solicitado por Luana Ribeiro e presidido pelo parlamentar Ricardo Ayres (PSB). Também compareceu o deputado Wanderlei Barbosa (PSD). A Secretaria de Defesa Social não enviou representante.